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Investigada na Lava Jato já recebeu quase R$ 50 milhões na gestão Braide

Proprietário da Edeconsil, Fernando Antônio Leitão Cavalcante, o Fernandão.

Investigada pela Polícia Federal na 2ª fase da Operação Lava Jato, denominada Bidone, a Edeconsil Construções e Locações Ltda vem fazendo uma verdadeira fortuna com dinheiro público na administração de Eduardo Braide (PSD), em São Luís.

Nos dois primeiros anos de gestão, o prefeito pagou quase R$ 50 milhões para a empreiteira de Fernando Antônio Leitão Cavalcante, conhecido como Fernandão, via Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos. A informação é do Portal da Transparência da Prefeitura de São Luís.

Os pagamentos são referentes ao contrato de prestação de serviço de implantação, conservação, manutenção e pavimentação de vias urbanas e rurais.

Levantamento feito pela reportagem do Blog do Neto Ferreira mostra que a Edeconsil vem atuando no Executivo municipal da capital maranhense desde os últimos dois anos da gestão do ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior, que ocorreram entre 2019 e 2020. Nesse período, a empresa recebeu um total de R$ 7.293.909,38 milhões, via Secretaria Municipal de Projetos Especiais, para executar obras de praças.

Mas foi na administração de Braide que a Edeconsil viu o seu faturamento quadruplicar.

Segundo a transparência, em 2021 foram liberados recursos públicos para a construtora de Fernandão na ordem de R$ 9.624.001,93 milhões orçamentários (pagos dentro do ano contratual vigente) e R$ 73.265,72 mil dos restos a pagar, que são as despesas com compromisso de utilização no orçamento, mas que não foram pagas até o dia 31 de dezembro do mesmo ano do exercício e passou para o ano seguinte.

No ano passado os pagamentos cresceram quase 5 vezes mais. Entre janeiro a dezembro, a gestão de Braide repassou nada menos do que R$ 33.833.824,67 milhões, pagos dentro do orçamento, e R$ 5.785.594,78 milhões de restos a pagar. Totalizando um ganho de R$ 49.316.687,10 milhões no período de 2 anos.

Em 2023 ainda não há registros de pagamentos para a Edeconsil.

Investigada

Em 2016, o Blog do Neto Ferreira veiculou a matéria PF investiga ligação entre a Edeconsil e o doleiro Youssef, onde revelou um documento no qual apontava ligação com o doleiro Alberto Youssef.

Essa relação foi investigada pela Polícia Federal.

A construtora teve seu nome citado durante a 2ª fase da Operação Lava Jato, denominada Bidone, quando Youssef entregou aos agentes federais uma relação com diversos valores relacionados a obras negociadas por ele.

A planilha contabilizou 170 empresas, sendo a maioria empreiteiras, e uma delas é a Edeconsil. No documento aparece nome de José Humberto Tavares como representante da empresa.

Ainda de acordo com o documento, a empresa integrava o Consórcio EIT/Edeconsil/PB que estava concorrendo a um processo licitatório para realizar obras da Caema, na adutora Italuís. A proposta do doleiro Youssef foi encaminhada no 12 de janeiro de 2012, e o Consórcio ganhou o contrato no dia 24 de janeiro do mesmo ano.

Os investigadores acreditavam que a Edeconsil e outras empresas teriam pago propina para garantir contratos com o poder público.

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