O médico Antônio Braide, conhecido como Tonho, irmão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide, não compareceu na sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), para depor sobre o caso do carro do milhão. Ele foi intimado pela polícia para prestar depoimento.
Em entrevista a um grupo de jornalistas presentes na Seic, o advogado de Tonho, Armando Serejo, afirmou que aguarda a permissão para ter acesso aos autos.
“A defesa, quando se habilitou, pediu acesso aos autos. Viemos buscar os autos e hoje a gente compareceu para juntar outra petição dizendo que a gente quer ter acesso aos autos que já foram documentados, aos depoimentos, aos vídeos, que é uma quantidade muito grande, segundo o doutor Plínio (delegado da Seic) falou. A gente quer entender o que está acontecendo. Depois que nós tivermos acesso a todo o manancial probatório, a gente vê a possibilidade de ele prestar esclarecimentos”, disse.
Ao ser questionado sobre a possibilidade do seu cliente ser o motorista que resgatou o ex-assessor do deputado Fernando Braide (PSD), Guilherme Teixeira, no dia em que o renault Clio foi abandonado com R$ 1,1 milhão no porta-malas, na rua das Andirobas, no Renascença, o advogado declarou que o carro Honda Fit preto é de uso da família Braide, não somente de Antônio.
“Até onde nós sabemos, não é que o veículo seja do seu Antônio Braide. Em verdade, é um veículo que ele é usado por todos os membros da família, e o senhor Antônio Braide também é um dos membros da família que utiliza o carro. Mas o carro é, podemos dizer que é um carro da família, que é utilizado para fins domésticos, de buscar criança na escola, supermercado, essas coisas, pelos motoristas. Acreditamos nós que o doutor Eduardo [Braide] não utiliza, porque ele deve ter os carros funcionais da Prefeitura, e o deputado também não. Enfim, acreditamos que fica mais no âmbito dos motoristas que servem os familiares”, garantiu.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Eduardo Braide confirmou que o Fit preto é de uso do seu irmão Antônio.