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João Alberto quer ser segundo vice-presidente do Senado

O Globo

Enquanto na Câmara ferve o caldeirão da disputa entre os candidatos da base pela presidência da Casa, no Senado, embora não se desenhe nenhuma candidatura para bater chapa com o líder Eunício de Oliveira (PMDB-CE), há uma corrida para a composição dos outros postos chaves do comando da Casa nos próximos dois anos decisivos para a eleição presidencial de 2018. Fortalecido nas urnas em outubro passado, o PSDB assume o segundo cargo mais importante e vai indicar um nome forte para a vice-presidência. Ao invés do ex-líder interino Paulo Bauer (SC), nome até então certo para o cargo, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG) vai fazer uma troca: Bauer ficará mais um ano na liderança, e para o posto número 2 da Mesa, será indicado o atual líder Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).

A negociação para a indicação de Cássio Cunha Lima foi antecipada pela coluna Panorama Político, na edição de O GLOBO desta quarta-feira. A disputa pelo comando das duas casas foi um dos assuntos de Aécio com o presidente Michel Temer na tarde desta quarta-feira. Aécio desmentiu que o partido esteja pensando em lançar um nome forte do partido para disputar com o PMDB de Eunício Oliveira.

O nome do chanceler José Serra também foi aventado como uma alternativa do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), para bater chapa com Eunício Oliveira e fugir do isolamento quando sair da presidência do Senado.

— Estou jogando para ajudar na Câmara e Senado. O PSDB poderia lançar o senador Tasso Jereissatti como candidato, mas tem um compromisso com o governo Temer. Não é nossa intenção, isso seria um mais um complicador para o governo em um momento em que é preciso serenidade na política e celeridade na aprovação da pauta das reformas. Na articulação das Mesas da Câmara e Senado estamos jogando de forma que facilite a agenda de reformas — disse Aécio após o encontro com Temer.

Com uma postura forte na área econômica, o senador Tasso Jereissatti deverá ser indicado para o comando da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), substituindo a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

MARTA COSTURA APOIO

Outra que esteve no Planalto para conversar com Temer foi a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). Ela foi pedir apoio ao presidente para que o partido a indique para o cargo de segunda vice-presidência na chapa de Eunício. Ela se reuniu ainda com o senador Aécio Neves, para pedir seu apoio ao cargo. A movimentação de Marta, entretanto, tem causado irritação na cúpula do PMDB, já que caberá à bancada, em reunião no dia 26, decidir quem são os senadores que irão compor os cargos da Mesa.

Ela terá que disputar a indicação, na bancada, com o senador João Alberto (PMDB-MA), presidente do Conselho de Ética e braço direito do grupo do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) e do ex-presidente José Sarney.

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