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Lidiane Leite quebra o silêncio: ‘Volto pelo clamor do povo’

O Imparcial

Lidiane pose 1

Em seu primeiro dia após reassumir a Prefeitura de Bom Jardim, a prefeita reconduzida, Lidiane Leite, concedeu entrevista exclusiva ao O Imparcial. Ela relatou as dificuldades enfrentadas no período de quase um ano, entre a sua prisão pela Polícia Federal, a liberdade condicionada ao uso de tornozeleira eletrônica, e o retorno à gestão do município, que ela justificou como a volta para “atender o clamor do povo”, diante dos problemas administrativos pelos quais passam o município.

Confira a entrevista exclusiva com a prefeita Lidiane Leite.

Como se sente voltando a prefeitura?

Eu encontrei a prefeitura com várias contas em atraso. Os servidores passaram quatro meses sem receber os salários. Muitas empresas conveniadas com a prefeitura ameaçaram cancelar os contratos por falta de pagamento. Estou com muito trabalho organizando todo o caos em que se encontra a Prefeitura de Bom Jardim.

Quais as prioridades em pouco tempo que resta do mandato?

Minha prioridade é justamente regularizar o recursos humanos. Regularizar o pagamento dos funcionários e das empresas que prestam serviços para a prefeitura. Estou escolhendo e nomeando todos os secretários. Quero que sejam pessoas experientes e de confiança, mas a grande maioria das pessoas que eu gostaria que assumissem alguma pasta, estão disputando as eleições, o que me impede de tê‐los na gestão. Outra grande prioridade é retomar as obras que deixei e que foram abandonadas. Foram inaugurados nove postos de saúde que eu construí. Ainda tem mais cinco que teve as obras iniciadas e abandonadas.

O que a senhora fez durante esse período afastado da prefeitura?

Eu estava me preparando para fazer vestibular. Mas prefiro não comentar muito sobre esse assunto.

Sobre o seu afastamento

Meu afastamento foi um erro jurídico do presidente da Câmara dos Vereadores de Bom Jardim [Arão Silva (PTC)]. Assim que saí da cadeia, era para minha equipe jurídica ter entrado com medidas para que eu voltasse à prefeitura. Estou sendo investigada e tenho provas da minha inocência, é tanto que assim que fiz o pedido para voltar a entrar nos órgãos públicos, eu fui atendida. Na ultima sexta, dia 05, saiu uma decisão impetrada pelo juiz José Jorge do Tribunal de Justiça, que determinou o prazo para que o presidente da Câmara me reempossasse.

A senhora acompanhava todas as notícias que saíram a seu respeito? O que sentia?

Na verdade, eu tenho um filho de nove anos. Tivemos todo o cuidado para deixá‐lo o mais longe de todos os comentários do caso. Tiramos a televisão da sala para ele não assistir nada sobre isso. Foi uma coisa muito traumática. Eu tive que proteger meu filho dessa situação constrangedora. Dentro de casa eu andava de calça, justamente, para ele não ver a tornozeleira que tive que usar. Foi uma situação ridícula
Eu nunca ostentei nada. As festas que fui, foram em praças públicas. Foram visitas que eu fiz, durante o período junino, à prefeitos amigos de outras cidades. Sobre a foto do jet ski, como vou ostentar com uma coisa que não é minha?

Eu estou confiante, pois a verdade  sempre aparece. Minha preocupação foi com quem estava ao meu redor. Eles conhecem minha conduta. Foi uma situação traumática sim, mas superei.

Eleições 2016
Não sou candidata a nada e também não vou apoiar ninguém. O que acontece são alianças partidárias.

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