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Lipoaspiração volta a ser cirurgia plástica mais realizada no Brasil

A lipoaspiração desbancou a prótese de silicone e voltou a ser a cirurgia plástica mais popular no Brasil. Ela já tinha ocupado o posto de campeã em 2004, caiu em 2007 e voltou a liderar em 2011, segundo informou a Folha de S. Paulo.

Em quatro anos, o número de cirurgias plásticas no país quase dobrou: passou de 629.287, em 2008, para 905.124, em 2011.

Em 2011, foram feitas 211.108 lipos contra 91.800 em 2007–um aumento de 130%. No mesmo período, foram 148.962 cirurgias de aumento de mama (um crescimento de 54,5%).

Mortes

Ao mesmo tempo em que se populariza, a lipo também acumula mortes, muitas vezes atribuídas à imperícia profissional ou à falta de condições do local onde é feita.

Por ano, oito pessoas morrem no país durante o procedimento, segundo a Isaps. A SBCP ainda prepara um levantamento do número de mortes e das possíveis causas associadas a elas.

Para José Horácio Aboudib, presidente da SBCP, a banalização do procedimento é a principal responsável por mortes e outros problemas.

“A lipo é feita por muitos médicos que não são cirurgiões plásticos e que não receberam treinamento adequado. O local também é negligenciado. Você não vê paciente morrendo no Einstein, no Sírio ou em outros hospitais de ponta.”

Para Carlos Uebel, as mortes preocupam mas são poucas em relação ao número de procedimentos realizados.
“Temos um dos menores índices do mundo, mas é um problema sério: 85% das denúncias [de mortes ou intercorrências] que chegam ao Cremesp [Conselho Regional de Medicina] são de médicos que não têm especialidade em cirurgia plástica.”

Ele explica que a lipo tem limitações nem sempre respeitadas. “Eles podem ultrapassar os 5% [de retirada de gordura] do peso corporal, operam fora do ambiente hospitalar e sem a presença do anestesista. É uma técnica muito segura, desde que feita adequadamente.”

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