Blog do Jorge Vieira
O deputado Magno Bacelar (PV), que já foi comparado a uma Anta pelo jornalista Augusto Nunes (Veja.com), pelo excesso de bajulação ao senador José Sarney, está sendo considerado pela oposição como um verdadeiro farsante por se dizer ameaçado de morte pelo ex-prefeito Isaías Fortes e se recusar a assinar a CPI que pretende investigar os crimes de pistolagem no Estado, a partir de 2010.
Cobrado mais uma vez, nesta manhã de terça-feira (22), pelo deputado Neto Evangelista (PSDB), a assinar o documento para permitir a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, Magno refutou, se recusou rubricar o requerimento do deputado Bira do Pindaré (PT) com a esfarrapada desculpa de que “trata-se de um caso isolado” a suposta ameaça que teria sofrido.
Magno Bacelar voltou a usar o pequeno expediente da sessão desta manhã para acusar o ex-prefeito de ter contratado dois policiais militares para matar o assassino do irmão e afirmar que teria tomado conhecimento da confissão de Isaías Fortes através de do amigo Leonilson Calixto dos Santos, que estava no povoado Sangue quando da inauguração de uma sessão eleitoral e teria ouvido Isaias anunciar que iria matá-lo se sua candidata perder a eleição de outubro próximo.
Em meio ao atabalhoado discurso, Neto Evangelista informou ao orador que depende exclusivamente dele a instalação da CPI para investigar crimes de encomenda. “V.Exª vai assinar ou não o requerimento para que seja instalada a Comissão?”, questionou Neto. Magno falou de tudo, até da CPI do Cachoeira, mas nada disse sobre a CPI da Pistolagem.
Questionado pelo blog sobre a sua posição de denunciar crimes de encomenda e ameaça de morte e ser contra a CPI, o deputado respondeu com a maior cara de pau: “Não posso assinar esta CPI porque não vejo necessidade, denunciei apenas um caso isolado porque o ex-prefeito usou a Polícia ao pagar dois policiais para assassinar uma pessoa por R$ 50 mil, portanto, cabe ao secretário de Segurança chamar os dois policiais e abrir inquérito administrativo”, justificou.
O mais engraçado é que o parlamentar ver motivos para solicitar que a secretaria de Segurança investigue e puna os policiais que supostamente teriam sido contratados por R$ 50 mil para assassinar um pistoleiro e se recusa a assinar a CPI que pretende passar alimpo a questão da pistolagem no Estado. Essa denúncia de Magno, pelo visto, cheira politicagem mesmo, característica maior dos aliados da oligarquia do coronel Sarney.