Mais um suspeito de envolvimento no ataque a artistas circenses em Central do Maranhão, que resultou no estupro de uma das vítimas, foi preso na manhã desta segunda-feira (2) pela Polícia Civil do Maranhão. O crime aconteceu no dia 23 de novembro.
Com essa nova prisão, o número de adultos presos preventivamente chegou a quatro, além de três adolescentes apreendidos, sendo um deles apontado como autor do estupro, enquanto um outro teria utilizado uma arma para facilitar a execução do crime, totalizando sete capturados pela ação criminosa.
A Polícia informou que as investigações continuam, e a Segurança Pública segue empenhada em localizar e prender o último suspeito envolvido nesse crime brutal.
A família que trabalha no circo contou à Polícia Civil que um grupo de criminosos invadiram o local na sexta-feira, dia 23 de novembro, por volta das 23h, cerca de 40 minutos após o fim do último espetáculo. Estavam no local a família, que é dona do circo, e alguns funcionários.
Armados e muito agressivos, os criminosos invadiram o local e roubaram dinheiro e objetos pessoais. Durante o assalto, um bandido arrastou uma artista circense para um trailer e estuprou a jovem, que é mãe e se apresenta no local.
Além da jovem que foi estuprada, outras pessoas foram agredidas pelos bandidos, dentre eles, dois idosos que são pais dos donos do circo. Uma das vítimas tem Alzheimer e teve ferimentos.
Por conta do trauma e do medo gerado pelo crime, o circo cancelou as apresentações restantes que faria em Central do Maranhão e decidiu deixar a cidade.
A artista circense Camila Gomes utilizou as redes sociais para falar sobre a ação criminosa no circo de sua família em Central do Maranhão. Camila foi estuprada por um adolescente de 17 anos, integrante de um grupo formado por mais sete criminosos, que invadiram o circo, roubaram vários pertences e agrediram as vítimas, em um crime chocante que teve repercussão nacional.
“Eles (criminosos) chegaram pedindo dinheiro e saíram me arrastando pelos cabelos, enquanto outro me levou para dentro do trailer onde estava minha filha, de 1 ano, dormindo. Ele deu um tiro. Eu senti Deus comigo. Deus fez ele errar a bala para não acertar em mim. Ele botou uma arma na minha cabeça e atirou. No momento, eu só sabia passar a mão na minha filha e na minha cabeça, pra saber se tinha pegado. Eu fiquei em choque. Estou tentando ser forte, pela minha família, por mim também, mas não vou dizer que estou bem”, desabafou Camila Gomes.
Após o crime, Camila Gomes foi ouvida na Delegacia de Cururupu e recebeu atendimento médico na cidade de Pinheiro. Ela está sob cuidados, tomando antivirais para evitar infecções sexualmente transmissíveis e receberá acompanhamento psicológico online, já que a família não possui endereço fixo e vive de forma itinerante.