Causa revolta na população maranhense a falta de segurança no estado. Os casos são incontáveis, de assaltos seguidos de morte a chacinas que geram repercussão nacional e ainda não tem uma resposta da justiça, como a prisão dos culpados. Os números assustam, nos primeiros trinta e um dias do ano foram registradas 110 mortes violentas na região metropolitana, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão e do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops).
Entre as principais vítimas da impunidade estão no topo da lista quem deveria defender os cidadãos, os policiais. Um levantamento feito recentemente pela Folha de São Paulo revelou que a cada 32 horas, um policial é assassinado no Brasil. A pesquisa usou dados das secretarias de Segurança Pública de todo país e há um fato, no mínimo curioso, o Maranhão não enviou informações. Ao que tudo indica, não por falta de casos isolados.
Com seis meses de atuação e nenhuma ação efetiva no quesito segurança, o governador Flávio Dino apresentou um programa para o seu mandato, com 65 metas objetivas. “Destaco a mobilização intensa da sociedade em torno das propostas que nós apresentamos. São 65 propostas capazes de impulsionar o novo ciclo de desenvolvimento e justiça social para todos os maranhenses”, enfatizou Flávio Dino.
Na proposta, Flávio propõe articular as políticas de prevenção e repressão ao crime, em ação conjunta do governo e da comunidade, envolvendo o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública, a Assembleia Legislativa, os municípios e a União. E ainda prevê a valorização e o reequipamento das policias Civil e Militar, com iniciativas do governo.
É pouco para o que a população espera. O eleitor que está à mercê do crime e que é expulso de sua moradia precisa de projetos e implantação de políticas públicas com ênfase em práticas, não em discursos floridos. Faz-se necessário que governo e prefeituras se unam para combater a criminalidade, que intimida e prospera a frente de quem foi posto no poder para defender a população.
As redes sociais viraram veículo de desabafo e ferramenta para quem espera incansavelmente uma resposta. Os maranhenses clamam por mudança. O medo isola, mas também causa revolta e indignação. A morte não silencia.