Mais cedo ou mais tarde o envolvimento do senador Edison Lobão (PMDB-MA), no esquema de corrupção da Operação Lava Jato, resultará em prisão. É que pela quinta vez o nome do ex-ministro de Minas e Energia é citado por delatores. Lobão é acusado de receber R$ 1 milhão em propina para garantir contratos de consórcio integrado pela UTC, nas obras das usinas de Belo Monte e Angra 3, em Angra dos Reis (RJ).
Além de Flávio David Barra, da Andrade Gutierrez, o ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini afirmou que o pagamento de propina foi discutido durante uma reunião em agosto de 2014, entre a Camargo Corrêa, UTC e Andrade Gutierrez. Um montante dos contratos seria pago ao PMDB e a dirigentes da Eletronuclear.
Luiz Carlos Martins, ex-diretor de Energia da Camargo Corrêa, foi quem citou o nome de Lobão desta vez, afirmando que o senador e o PMDB receberam a propina dos contratos firmados nas obras das usinas.
Agora, fica cada vez mais difícil Lobão encontrar uma forma convincente de se desvincular do esquema, apesar do seu advogado Antônio Castro de Almeida Castro, afirmar acha perigoso o excesso de delações. De fato é perigoso mesmo, para Edison Lobão. “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.