O desembargador Milson Coutinho destacou, na manhã desta quinta-feira (16), a importância histórica da Assembleia Legislativa do Maranhão, durante a sessão solene realizada para comemorar a passagem dos 177 anos de instalação do Poder Legislativo Estadual.
Autor de uma extensa obra sobre a História da Assembléia Legislativa, dividida em seis volumes, Milson Coutinho foi enfático ao afirmar que nem sempre as Assembleias Legislativas são um retrato da democracia. “Mas a nossa Assembleia é sim; é a casa do povo, porque representa opiniões, interesses e aspirações de todos os segmentos da nossa sociedade”.
Falando da tribuna da Casa, Milson Coutinho fez um relato resumido da história da Assembleia, enfocando personagens e fatos que marcaram a vida do Parlamento estadual ao longo de quase 200 anos. Ele começou sua palestra falando sobre o Período Monárquico com a narrativa de uma sucessão de episódios a partir de 1829, quando surgiu o Conselho Geral da Província, até o advento da proclamação da República em 1889, dois anos após a extinção da Assembléia Legislativa Provincial.
“A Assembleia Legislativa provincial, imperial ou monárquica era uma Casa de elite, reunia as maiores figuras da Cultura maranhense. Era uma Assembleia que contava dos seus quadros com nomes do porte de João Francisco Lisboa, Francisco Sotero dos Reis, Gentil Homem de Almeida Braga, Barão de Anajatuba, Barão de Coroatá, Barão de Turiaçu. Mas todos, todos eram donos de escravos. Todos, todos despreocupados com a educação”, assinalou.
Em seguida, o desembargador e historiador passou a se reportar sobre o Período Republicano, reconstituindo os primeiros anos da República, quando a Assembleia passou a denominar-se Congresso do Maranhão. Esta fase, segundo o pesquisador, encerrou-se com a ascensão de Getúlio Vargas ao Poder, em 1930, assinalando o fim da chamada República Velha.
Agência Assembleia