O Ministério Público, por meio da 32ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, abriu um procedimento para apurar a liberação indevida de um caminhonete de luxo Toyota Hilux SW4 do pátio da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT).
Sob o comando do promotor Marcos Valentim Paixão, a investigação foi aberta após o caso ser divulgado pela imprensa em junho do ano passado.
À época, prints de conversas de um grupo de WhatsApp mostraram que quatro vigilantes denunciaram o titular da SMTT, Diego Rafael Rodrigues Pereira.
Segundo os profissionais, o gestor da pasta foi pessoalmente às 00h23 do dia 28 de maio ao prédio da Secretaria, localizado, no bairro Ipase de Baixo/Maranhão Novo, liberar um Toyota Hilux SW4 de cor branca, placa PTN – 8625, que tinha sido apreendido por agentes de trânsito e removido por um guincho até o pátio do local.
“Nós vigilantes do plantão noturno resolvemos fazer esses vídeos para nosso respaldo, até porque o agente de transito responsável pelo plantão não quis se responsabilizar: sendo que o secretário Diego já tinha vindo pessoalmente por volta das 00:23hs e assinou a liberação do veículo SW4de cor branca de placa PTN 8625; eu vigilante liguei novamente para o secretário e o mesmo nos autorizou se responsabilizar de qualquer situação que venha pesar para nós”, escreveu o vigilante no grupo de WhatsApp dos colegas de trabalho.
Em julho, a Câmara de São Luís, por meio do Requerimento nº 993/23, convocou o secretário Diego Rodrigues, para prestar novos esclarecimentos sobre o caso.
O autor do requerimento, vereador Raimundo Penha (PDT), pediu explicações quanto às medidas adotadas para a proteção dos agentes de trânsito, quanto às denúncias sobre a liberação irregular de veículos apreendidos e quanto aos dados sobre o cumprimento do acordo firmado entre a Prefeitura e o empresariado após a última paralisação dos ônibus.
“Primeiro temos uma denúncia com uma suspeita de que o secretário teria favorecido amigos promovendo a liberação de veículos, o que gera uma consequência, pois não é apenas uma situação isolada e, após isso, nós tivemos um caso triste e lamentável que foi um servidor público, um agente de trânsito que foi assassinado em serviço”, frisou.
Diego Rodrigues não compareceu à Casa Legislativa.
Após seis meses, o Ministério Público abriu o Procedimento Preparatório para coletar provas e depoimentos, realizar perícias e demais diligências sobre o caso.
O promotor responsável tem 90 dias para concluir as investigações.
Depois de muito tempo o MP resolveu agir. Muito provavelmente não dará em nada a investigação, Braide se sente seguro para fazer tudo o que quiser sem se incomodar com justiça ou quem quer que seja.
Obs.: Chama atenção a clateza da escrita do vigilante, um português com correção gramatical. Conheço muitos vigilantes e porteiros que precisam escrever no livro de ocorrências, mas a ortografia deles é péssima com graves erros gramaticais. Parabéns a esses vigilantes, pela postura que tiveram em denunciar e pela escrita.