A suspensão do fornecimento de água em Imperatriz (MA) e o risco de contaminação no Rio Tocantins levaram vários moradores aos supermercados nesse domingo (22) em busca de água potável. As filas se formaram após o anúncio da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), que paralisou temporariamente os sistemas de captação, tratamento e distribuição de água.
A medida foi tomada devido ao vazamento de produtos químicos no rio, causado pelo desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO).
Segundo a Defesa Civil de Estreito, o acidente liberou cerca de 22,5 mil litros de inseticidas e herbicidas, além de uma carga estimada em 120 mil litros de ácido sulfúrico, transportados por duas carretas bitrem. As informações foram levantadas pela Defesa Civil com base nas notas fiscais enviadas pelo destinatário à Prefeitura de Estreito.
Em nota, a Caema informou que a suspensão atende a normas da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), que monitora os impactos das substâncias no rio. A empresa pediu à população que economize água até que a situação seja normalizada.
A suspensão também afeta municípios vizinhos situados às margens do rio Tocantins. Cerca de 800 mil maranhenses dependem diretamente do rio para consumo e atividades cotidianas.
Entre as cidades impactadas estão Porto Franco, Campestre, Ribamar Fiquene, Governador Edson Lobão, Cidelândia, Vila Nova dos Martírios e São Pedro da Água Branca.
A Sema reforçou o alerta para que a população evite qualquer contato com a água do Rio Tocantins. Equipes técnicas continuam avaliando a extensão da contaminação e realizando coletas para análises químicas.