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MP Eleitoral pede cassação do mandato do prefeito reeleito de Buriticupu

O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação do mandato do prefeito reeleito de Buriticupu, João Carlos Teixeira, por suposta compra de votos.

Documento obtido pelo Blog do Neto Ferreira mostra que o promotor da 95ª Zona Eleitoral, José Frazão Neto, abriu investigação após denúncia enviada para Ouvidoria-Geral do Ministério Público, na qual afirma que o prefeito teria realizado inaugurações de poços sem a devida transparência durante o período de campanha das eleições de 2024.

Além disso, argumenta que o gestor utilizou a máquina administrativa em benefício próprio, com a finalidade de autopromoção voltada à sua reeleição e do seu candidato a vice-prefeito, o que configuraria abuso de poder político e econômico.

Após a denúncia, a Promotoria realizou diligências, coletou depoimentos e identificou possíveis irregularidades eleitorais.

“Na qualidade de candidato à reeleição para o cargo de prefeito, valeu-se de recursos não declarados em prestação de contas para cumprir promessas de campanha, através de realização das obras de perfuração de poços nos povoados Vila Concórdia e Segundinho, realizando em seguida inaugurações e entrega destas benfeitorias aos eleitores, sem que tais obras tivessem sido realizadas pelo município de Buriticupu, embora conduzidas e veiculadas para que assim parecessem, inclusive sendo entregues com as mesmas cores das obras do município, assim valendo-se o requerido também da máquina pública em prol de sua candidatura e do segundo requerido, configurando, dessa forma, patente abuso de poder político e econômico com flagrante desequilíbrio na disputa eleitoral”, destacou o promotor eleitoral em seu pedido.

E continuou: “Acompanham esta ação de investigação eleitoral farto conteúdo probatório através de denúncias, publicações em redes sociais das inaugurações das referidas obras pelo candidato, respostas formais dos entes municipal e estadual negando a realização das obras por meio de seus erários, relatórios de inspeções ministeriais demonstrando que as obras foram entregues com as cores institucionais da atual gestão com registros fotográficos e, por fim, um vídeo no qual o próprio requerido credita a si as obras perante um grande número de eleitores diretamente impactados pelas referidas benfeitorias às vésperas do pleito eleitoral.”

Diante disso, o promotor José Frazão Neto pediu a cassação do registro de candidatura do prefeito reeleito, a decretação de inelegibilidade por abuso de poder econômico e político.

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