O deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) garantiu que o seu grupo não tem simpatia e não vota no ex-governador e pré-candidato ao Senado, Flávio Dino (PSB).
A declaração foi dada em entrevista ao site Imirante.com na manhã desta quarta-feira (25), ao ser questionado sobre o apoio ao pré-candidato à reeleição, senador Roberto Rocha (PTB). Ele disse que a questão deve ser levada para o grupo do PL deliberar, pois apesar do partido ter participado do lançamento do projeto eleitoral do petebista, não há acordo fechado.
Maranhãozinho enfatizou que o diálogo entre os membros do PL sobre a aliança com Rocha deve ser mais fácil, pois o grupo não simpatiza com Flávio Dino.
“Eu sou simpatizante do senador Roberto Rocha, mas não vou tomar uma decisão só. Já falei com ele. O PL participou, representado pelo deputado Vinicius Louro, do lançamento da pré-candidatura dele, mas nós não sou um partido. Nós somos um grupo. E esse grupo, como dialogou para decidir estar com Weverton [Rocha], também vamos dialogar para estar com o Roberto. Eu acredito que o desafio do Roberto é bem menor, pois o nosso grupo não tem simpatia e não vota no pré-candidato Flávio Dino”.
Em outro trecho da entrevista, o deputado voltou a dizer que o governo do Estado chegou a oferecer vantagens grandiosas para conseguir o seu apoio e negou que tenha negociado liberação de emendas parlamentares, votos e espaços políticos para abraçar a pré-candidatura do senador Weverton Rocha (PDT).
“Se gente fosse para esse campo de pega lá da cá, eu acho que teria fechado com [Carlos] Brandão, porque as promessas lá são grandiosas. Não foi à toa que Weverton perdeu alguns aliados importantes. O Palácio [dos Leões] sempre tem mais vantagens para aqueles que pensam para esse lado de compor secretaria, de ter benefícios financeiros. O que me chamou atenção e o que nos fez fechar com Weverton foi a tratativa e a forma que ele nos convidou para fazer parte do projeto político”.
Josimar fez questão de falar que o diálogo com o governo Brandão está encerrado devido ao modo de condução das tratativas e do não cumprimento das promessas feitas a ele.
“Acreditei na palavra dele. Lá atrás eu dei a minha palavra ao Brandão que não conversaria, não fecharia nenhum compromisso, se eu tomasse a decisão de não ser mais candidato. Eu conversaria e tentaria com a junção de todo o grupo ir com ele. Realmente acreditei naquele momento que ele iria assumir o governo e ia colocar em prática tudo aquilo que sempre conversou. Que ia ser diferente, que ia ser um governo participativo, que as pessoas iam valorizar quem tem valor, que o nosso Maranhão iria ter um governo diferenciado, e não é isso que a gente está vendo”, disse.
E completou: “no momento que nós chegamos a conviver 30 dias com o Carlos Brandão como governador a gente viu que aquilo que se foi falado quando assumisse tudo seria diferente, nada estava diferente, até as pessoas continuavam na mesma cadeira, conitnuavam as mesmas tratativas. E essas tratativas nunca fui de acordo, por isso que deixei esse governo lá atrás”
Para o presidente do PL, “as tratativas do governo são as mesmas. Nunca ofereceram nada e agora estão oferecendo tudo, e eu não sei que se entrega o minímo”, finalizou.