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Nova fase da Operação Lava Jato cumpre 30 mandatos

Presidente afastado da Eletronuclear, Othon da Silva
Presidente afastado da Eletronuclear, Othon da Silva

Batizada de operação “Radioatividade”, a 16ª fase da Operação Lava Jato realizou na madrugada desta terça-feira, dois mandatos de prisão temporária, cinco de condução coercitiva e 23 de busca e apreensão em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Barueri (SP).

No Rio de Janeiro foram presos, por um prazo de cinco dias, Othon Luiz Pinheiro da Silva, diretor-presidente licenciado da Eletronuclear, afastado do cargo em abril deste ano, quando surgiram denúncias de pagamento de propina a dirigentes da empresa, que é uma subsidiária da Eletrobras, e Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez. As prisões podem prorrogadas ou convertidas em preventiva enquanto os réus estiverem à disposição da justiça.

A Polícia Federal, que realizou a operação, teve como objetos da apuração a formação de cartel, o prévio ajustamento de licitações nas obras de Angra 3 e o pagamento indevido de vantagens financeiras a empregados da estatal. Angra 3 será a terceira usina nuclear do país e está em construção na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). Ela terá potência de 1.405 megawatts (MW) e gerará energia suficiente para abastecer Brasília e Belo Horizonte por um ano.

O envolvimento dos presos durante a operação foi confirmado no depoimento de Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa, em abri deste ano, que disse que houve “promessa” de pagamento de propina ao PMDB e a dirigentes da Eletronuclear nas obras da usina nuclear Angra 3.

Segundo Avancini, a Camargo Corrêa foi informada em agosto de 2014 de que havia “compromissos” de pagamento de propina equivalente a 1 por cento dos contratos das obras da usina ao PMDB e aos diretores da Eletronuclear. Somados, os contratos de Angra 3 chegam a R$ 3 bilhões, de acordo com o executivo.

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