Indicado pela Polícia Federal por suposta corrupção envolvendo emendas parlamentares vinculadas à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e aliados dele no União Brasil têm centrado fogo no delegado Roberto Santos Costa, responsável pela investigação.
Como mostrou a coluna, a artilharia nos bastidores tem correligionários do ministro atribuindo a Santos Costa uma atuação proposital para atingir o governo Lula e, para isso, chegam a compará-lo aos investigadores da finada Operação Lava Jato.
Juscelino também relatou a interlocutores que o delegado encerrou o depoimento dele, após cerca de 15 minutos de conversa, quando informado pela defesa que o ministro só responderia perguntas relacionadas à investigação em curso no STF.
E como a PF tem visto e responde à artilharia da turma de Juscelino?
Pessoas ligadas à apuração dizem que o depoimento naturalmente só durou tão pouco porque Juscelino, valendo-se do direito de ficar calado enquanto investigado, não respondeu às perguntas do delegado.
Conforme essas fontes, na segunda vez em que foi chamado a depor, o ministro de Lula, exercendo o mesmo direito, sequer compareceu.
Do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles