Três creches em construção no município de Codó, a 290 km de São Luís, que deveriam ser entregues até o fim de dezembro estão com as suas obras paralisadas. Tudo isso porque os operários que estavam trabalhando nas obras resolveram interromper as atividades em virtude da falta de pagamento dos seus salários.
Segundo o servente de pedreiro, Renato Pereira, o pagamento dos salários já está atrasado cerca de dois meses. “Não sai. A gente vai hoje, vai amanhã. Deposita hoje, deposita amanhã. Todo dia a gente está lá. O bolso está cheio de extrato, mas não tem dinheiro. Já são quatro quinzenas sem receber um centavo. Está insustentável. Eu não tenho nem mais para onde recorrer. Como é que eu vou alimentar a minha família hoje?”, desabafou.
O chefe da Agência do Ministério do Trabalho (MTE) em Codó, Luiz Carlos Alves, afirmou que os trabalhadores procuraram o órgão a fim de obter uma resposta sobre o atraso dos seus salários e que a partir de agora o MTE vai acionar uma fiscalização que será encaminhada de São Luís para resolver a situação dos operários.
“Como nós não temos fiscal aqui na localidade em Codó a gente vai pegar as instruções, as informações. Pegar o CNPJ e o endereço da empresa, o local onde eles estão trabalhando e vamos encaminhar para São Luís para que a Superintendência possa encaminhar um auditor fiscal para tomar as medidas cabíveis”, explicou o chefe do MTE.
Por meio de nota, o secretário de Infraestrutura de Bacabal, Márcio Esmero, informou que o dinheiro para garantir a continuidade das obras foi repassado para a construtora responsável, Amorim Coutinho. Procurado por nossa produção, o diretor da construtora, Augustinho Maciel, disse que o dinheiro para o pagamento dos operários vai estar disponível no banco ainda nesta terça-feira (1º) e que o atraso teria ocorrido por um erro de gestão. Ele disse ainda que não será possível concluir as obras das creches em dezembro, mas que a construtora fará todos os esforços para terminar tudo o mais rápido possível. (Do G1).