Da coluna Estado Maior
Causou forte impacto no meio político e fora dele a declaração da governadora Roseana Sarney – dada quinta-feira à tarde ao programa Abrindo o Verbo, da Rádio Mirante AM, conduzido pelo jornalista Geraldo Castro -, dizendo estar ainda em dúvida sobre seu destino político, mas admitindo claramente preferência pela opção de cumprir seu mandato até o fim.
Quando externou a dúvida, a governadora também, claro, considerou fortemente a opção de deixar o governo no início de abril para concorrer à vaga
no Senado, que será aberta com o fim do mandato do senador Epitácio Cafeteira (PTB), que deve se aposentar da vida pública no início de 2015. E o simples fato de não ter anunciado uma escolha mantém abertas as duas possibilidades.
Se optar por ser senadora, a governadora deixará o governo em plena atividade e concluindo várias e importantes obras do seu programa de ação. Reúne todas as condições de sair vitoriosa das urnas em outubro – todas as pesquisas apontam sua vitória. E se elegendo, continuará no centro da cena política, pois será uma das fortes representantes do Maranhão em Brasília.
Essa experiência ela já viveu como deputada federal e como senadora e fez corretamente a sua parte. Se ficar no governo, como demonstrou preferir, a governadora cumprirá integralmente o mandato para o qual foi eleita, em turno único, em 2010. Roseana pretende inaugurar mais de uma centena de obras importantes nesses próximos meses, por entender que elas representam muito a importância do seu governo.
Ela quer entregar a última estrada asfaltada que interligará todas as sedes municipais, tornando o Maranhão o primeiro estado do Nordeste a dispor dessa infraestrutura rodoviária. Vai inaugurar a Via Expressa, a Avenida IV Centenário e parte do Anel Metropolitano, que completarão o complexo de obras viárias que ela construiu em São Luís.
Vai inaugurar mais hospitais, o Pan Diamante, escolas, etc. Além de manter intacto o seu prestígio político e pessoal. E, mais importante, ao deixar o governo, ter tempo para se dedicar à família e a ela própria, benefício que não desfruta desde que se elegeu governadora pela primeira vez, em 1994. Pelo que se tem observado, a segunda opção tem mais peso.