O delegado Ney Anderson Gaspar, ex-chefe do Departamento de Combate ao Crime Organizado, voltou a trazer novas denúncias sobre uso ilícito do Sistema de Segurança Pública do Maranhão.
As acusações foram divulgadas por meio de um áudio, onde Gaspar afirma que o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela abortou uma operação para fazer chantagem política. “O senhor Portela quando abortou uma operação quando estive a frente do Departamento de Combate ao Crime Organizado não com intuito de proteger aliados, mas sim de fazer chantagem política”.
Na gravação, o delegado narra que o chefe da SSP barrou a desarticulação de uma organização criminosa que desviava verbas públicas por meio das emendas parlamentares destinadas às Prefeituras maranhenses, nas quais classfica como “corretagem de emendas”.
“Uma determinada empresa faz a cooptação de prefeitos para negociação de emendas parlamentares, onde esse empresário faz papel de um corretor, ele consegue as emendas para um determinado município desde que fique com uma certa porcentagem, que gira em torno de 20 a 30%; ficando uma parte com um empresário, que faz papel de corretor, uma parte com o político que destinou a emenda. Como o pagamento dessa porcentagem tem que ser prévio, o gestor municpal pede esse valor para algum agiota e como garantia para o agiota ele tem que indicar as empresas do empresário que serve como corretor, porque quando as emendas vir é dessas empresas que ele vai tirar parte da verba das emendas para pagar os agiotas”, detalhou Gaspar.
O ex-chefe do DCCO pede a federalização das investigações que apuram as denúncias contra Jefferson Portela, nas quais versam espionagem contra desembargadores, familiares e assessores de magistrados e políticos maranhenses (saiba mais aqui, aqui, aqui e aqui).
Em entrevista ao Blog do Neto Ferreira, o secretário de Segurança negou todas as acusações. O gestor já representou criminalmente o delegado Ney Anderson na Procuradoria Geral de Justiça.