A empresa Salvatta Engenharia, responsável pela obra que desabou e matou dez pessoas, na semana passada, em São Paulo, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público do Trabalho. A empresa se comprometeu a pagar os encargos trabalhistas e passagens de volta para dez operários.
Fiscais do MPT que visitaram o alojamento da empresa constataram que houve falta de assistência aos trabalhadores.
Operários que trabalhavam na construção do prédio que desabou na última terça-feira (27) no bairro São Mateus, zona leste da capital paulista, disseram, em depoimento à polícia, que a estrutura usada para erguer o prédio não suportaria o seu peso.
O acidente matou dez operários, incluindo nove que eram do Maranhão, e 26 ficaram feridos . O inquérito policial, conduzido pelo delegado Luiz Carlos Uzelin, do 49° Distrito Policial, já ouviu 11 operários. A polícia pretende ouvir mais quatro funcionários da obra.
A prefeitura de São Paulo abriu uma investigação para apurar suspeitas de fraudes no processo de fiscalização da construção do prédio. Por meio de nota, a prefeitura informou que vai averiguar o porquê de não ter sido registrado boletim de ocorrência quando a construtora desrespeitou um embargo à obra, emitido no dia 25 de março.
Segundo a administração municipal, no dia seguinte ao embargo, o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) recebeu uma denúncia anônima apontando irregularidades na fiscalização. Com informações do portal iDifusora.