Deputados de oposição ocuparam a tribuna da Assembléia Legislativa para protestar contra o que consideram falta de transparência do governo do Estado com relação aos grandes espetáculos realizados na Praça Deodoro, como os shows de Diogo Nogueira e Jorge Benjor, durante o carnaval.
O deputado Bira do Pindaré elogiou a postura da Prefeitura Municipal com relação ao carnaval de São Luís nesse início de gestão. Disse o deputado que todos nós sabemos que São Luís enfrenta dificuldades e que o prefeito Holanda Júnior assumiu em condições adversas a condução do município e logo em seguida teve de apoiar as atividades carnavalescas. Para Bira do Pindaré, a Prefeitura não tinha condições de bancar o cachê das Escolas de Samba, mas realizou um carnaval popular na Praça Maria Aragão, expandindo a festa para outros bairros como Cohatrac e Cohab.
O principal, na visão do parlamentar, é que o carnaval da Prefeitura foi transparente. A Secretaria Municipal de Cultura registrou um gasto de R$ 2 milhões. Bira espera que o Estado faça o mesmo com relação aos grandes espetáculos da Praça Deodoro, revelando quanto a festa custou aos cofres públicos do Estado. “Até para que o povo possa avaliar a importância e a envergadura de iniciativas como essa”, disse.
O deputado Marcelo Tavares também se manifestou, indagando quanto custou e quem ganhou dinheiro com as atrações nacionais que se apresentaram na Praça Deodoro. Ele acha interessante saber quem são os executores, pois diz ter visto em fotografias divulgadas no jornal O Estado do Maranhão “figuras que trabalhavam numa empresa que foi acusada de ser laranja da governadora Roseana Sarney”.
ECONOMIA
Marcelo Tavares disse também que em relação ao carnaval nem o Estado nem a Prefeitura tem o que comemorar. Entende que o carnaval não deve servir apenas como um fomento da atividade cultural; deve haver algum retorno econômico para a cidade, para o comércio, para os núcleos culturais. Nesse aspecto, citou estatística divulgada na imprensa local segundo a qual o número de turistas caiu drasticamente em São Luís durante os festejos de Momo.
O parlamentar colocou em dúvida que tenha havido algum patrocínio dos shows realizados na Deodoro. “Só se for um novo tipo de patrocínio, o patrocínio escondido, pois é natural que uma empresa que apoie uma atividade desse porte queira seu nome divulgado”, contestou. Outra possibilidade levantada pelo parlamentar é a de que as empresas não estejam patrocinando e sim negociando com base nas Medidas Provisórias 100 e 101 do governo do Estado que garantem incentivo fiscal ao contribuinte do ICMS que financiar projetos culturais e esportivos.
Para o deputado Rubens Júnior, mais do que discutir qual carnaval foi vitorioso, temos que perceber que são dois carnavais diferentes, dois modelos diferentes e de certa forma complementares. Ele destacou a descentralização do carnaval realizado pela Prefeitura e frisou que para as grandes atrações da Praça Deodoro foi adotado um modelo sem transparência. Rubens Júnior pretende protocolar um pedido de informações sobre os gastos do carnaval promovido pelo governo.
Pergunta para o Dep. quanto foi o valor dos dois apartamento que a familia do deputado comprou na casa do morro, construtora NBR.