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Ordem desunida

Por Abdon Marinho

Hoje acordei lembrando do que li sobre ordens unidas fui ao Google e achei essa definição: “A ordem unida é uma das atividades militares, onde são treinadas as marchas militares e desfiles cívicos. Ao conjunto harmonioso, cadenciado e equilibrado dos movimentos de marcha, dá-se o nome de ordem unida.

Além de praticado pelas forças militares, também é praticado por organizações jovens como o escotismo e o clube de Desbravadores.”
Pois bem, se as corporações militares, escotismo e outras organizações mundiais possuem uma “ordem unida”, acredito que pela tradição, pelo freqüente e regularidade poderíamos dizer que esse grupo de pessoas que costumam se dizer de oposição no Maranhão, constituem uma verdadeira “ordem desunida”.

Uma ordem unida é composta por diversos corpos que atuam como se fosse só um. Já a ordem desunida representada pela oposição maranhense é assim: todos dizem ser oposição mas são incapazes de formarem um único corpo de combate, é cada um puxando para um lado. Corrijo, cada um puxando para o seu lado. Rsrsrs.

Vejam o que dizem: sou oposição mas posso virar situação se a vaga de vice não for do meu partido; sou oposição desde que a vaga de senador seja minha; sou oposição mas meu partido quer tantas secretarias; sou oposição mas quero um emprego para o desocupado do meu primo, cunhado ou qualquer outro parente, e por ai vai.

Não me lembro dessa ordem desunida ter encontrado uma situação tão favorável para ganhar uma eleição como a que se avizinha. Quem conhece o Maranhão e entende um pouquinho de política sabe o que estou falando. Não foi assim em 1994, não foi assim nas eleições seguintes.

Até nos grotões mais atrasados, devido o acesso aos meios de comunicação, o sentimento pela mudança se faz sentir. Muitos nem sabem porque querem mudar, se a mudança é para melhor ou para pior, mas querem mudar. Municípios pequenos onde o governo sempre ganhou com 80, 90% de vantagem o quadro é quase inverso. Parece “enxurrada ladeira abaixo” como dizia meu pai. Por incrível que pareça a descrença se faz sentir mais nos setores médios, onde se tem uma leitura mais crítica dos fatos.

Existem alguns fatores conduzindo a eleição de 2014 para esse favorecimento da nossa “ordem desunida”, dentre os quais merece destaque o sentimento inegável de mudança por parte da sociedade, a falta de comando do governo (diferente do que sempre fizeram, há grupos dentro do governo competindo por espaços, poder, etc.), o sentimento de fim de festa em vários órgãos do governo com muitos já dizendo, sem segredos, que quer separar o seu antes que acabe. O sentimento de mudança aliada a esses outros fatos e situações tem desmotivado os aliados nos municípios que embora se dizendo fiéis não tem se esforçado muito para mudar o quadro político, sem contar que não possuem o apoio efetivo (leia-se, recursos e obras) do governo para isso. Chegará o momento que com todo apoio que venham a receber não bastará. Quando muito, igualarão o jogo, jamais chegarão a ter os percentuais que tiveram em eleições anteriores. Passando aos setores mais urbanizados a decisão do pleito.

Os municípios estão com enormes dificuldades, inclusive para pagar suas folhas de pessoal, essa situação enfraquece a liderança local sem o apoio do governo, que não tem chegado, as lideranças locais não terão como fazer muita coisa em favor dos candidatos governistas.

O que se tem de certo é que muita água ainda rolará por baixo da ponte, e política, como dizia aquele antigo político mineiro muda como as nuvens e que a situação de hoje pode não ser a mesma de amanhã. Hoje o quadro é francamente favorável a oposição, não quer dizer continuará assim até as eleições.

Um quadro fácil de ser equacionado mas que a ordem desunida torna complexo e uma incógnita. Quantas candidatura de oposição teremos? Vão lançar cinco candidatos ao governo e ao Senado como têm feito nos últimos anos? Quando responderem a essas perguntas talvez tenhamos a possibilidade de fazer um prognóstico mais correto. Algumas coisas entretanto, é possível dizer desde já, os grandes centros urbanos terão um papel importante e com isso não bastará dizer sou oposição, vote em mim, sem união o jogo que parece fácil ganhará ares de pesadelo.

Abdon Marinho é advogado eleitoral.

One thought on “Ordem desunida

  1. Segunda-feira, 26 de agosto de 2013
    Categoria recebe outra rasteira do Governo

    A FALTA de DIÁLOGO e PARCERIA DO GOVERNO COM A CATEGORIA, cujo o único crime que comete é trabalhar ministrando aulas, RECEBE OUTRA RASTEIRA DO ATUAL GOVERNO.

    Os Educadores da Educação Pública de Paço do Lumiar, foram surpreendidos no final da última sexta feira 23/08/2013, com uma tática que jamais esperava de um governo que tem um Professor como Prefeito.

    Com tais atitudes o governo municipal está caracterizando-se e fundamentando-se em práticas antidemocráticas, a última atitude vinda da prefeitura foi divulgar em tempo recorde cópia de um documento assinado pelo Secretário de Gestão e Orçamento, a Secretária de Educação e o Procurador do Município de Paço do Lumiar, que os SERVIDORES NÃO TEM DIREITO, inclusive ao de realizar Greve. O motivo que o atual governo alega é que “desconhece” tais reivindicações e negociações da Categoria. ABSURDO!!!

    Desde a transição, a Categoria representada pelo Núcleo Sindical e atualmente SEDUP/PL com o slogan “A CONQUISTA É DE TODOS!” tem informado e proposto soluções para o caos que a Educação e todo o município de Paço do Lumiar se encontra.

    AGORA DIZER QUE NÃO SABIA É FALTA DE TUDO, menos de aviso por parte da Categoria, que ainda sofrerá processos administrativos, cujo o único crime foi lecionar! Isto é revoltante…

    Onde o respeito e o cuidado que se deve ter com as crianças foram parar senhor Prefeito????

    Desta forma, não temos outra opção a não ser realizarmos paralisações, para assim garantirmos o que todos já sabiam menos o atual governo.

    Pedimos desculpas aos nossos alunos e familiares e a todo povo de Paço do Lumiar pelo transtornos que com a Paralisação dos educadores possa causar, pois fomos obrigados pelo governo a tomar tal atitude.

    Veja algumas de nossas reivindicações:
    • Reformas e Construções de Escolas;
    • Proposta de Educação de Qualidade (Elaboração do Plano Municipal de Educação dentre outros);
    • Efetivação do Plano de Carreira do magistério, inclusive com os reajuste e perdas salariais de 2010 e 2011;
    • Elaboração, aprovação efetivação de um PCCV para os Merendeiros, Operacionais, Técnicos, Administrativos e Vigias de Escolas;
    • Material didático para os Alunos;
    • Playground em escolas de ensino infantil;
    • Alimentação Escolar como a Lei determina;
    • Direito do aluno de ter 200 dias letivos;
    • (…).

    Expediente:
    • Dia 29/08/13 (próxima quinta feira) Manifestação e Assembleia;

    Concentração: em Frente da Prefeitura a partir das 9h;
    • Dia 30/08/13 (próxima sexta feira)

    Concentração: Frente da Câmara Municipal, a partir das 9h.

    LEVE SUA FAIXA E CARTAZ PARA QUE TODOS SAIBAM COMO A EDUCAÇÃO É TRATADA EM PAÇO DO LUMIAR.

    Esperamos do fundo do coração que estejamos errados e tudo isto não tenha passado de um equívoco e o governo não processará os Educadores que tem um salário defasado em mais de 23% e ainda terá que devolver parte de seus vencimentos ao Fundeb, (segundo a sub-Procuradora de Paço do Lumair), que as reformas programadas para julho/2013, tenham sido iniciadas e a categoria desatenta não tenha percebido, que a falta de aula e alimentação escolar já não são mais motivos para aulas serem suspensas, que tivemos uma alucinação em massa da entrega das Cartas de reivindicações e Educação de Qualidade para o novo governo em mais de duas oportunidades e que discutimos (governo e Sindicato) ponto a ponto.
    Ou se os pontos que ora nos referimos já foram efetivados, favor desconsiderar tal informativo/convocação e pedimos desculpas publicamente.
    __________________________

    Gestão: “A CONQUISTA É DE TODOS!”
    Saudações sindicais, um forte abraço e que Deus nos abençoe.
    INFORME-SE, PARTICIPE E DIVULGUE!

    James Marreiros de Souza
    PRESIDENTE

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