O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Othelino Neto (PCdoB), anunciou que decidiu anular a primeira etapa do concurso da Casa após denúncias de fraudes. O comunicado foi publicado agora apouco nas redes sociais.
A decisão foi motivada pelas falhas de execução, fiscalização e segurança na aplicação da prova objetiva.
“Em razão dos registros e denúncias de falhas de execução, fiscalização e segurança na aplicação da prova objetiva, bem como pela correta interpretação sobre a LGPD, quando da divulgação do Resultado Preliminar, decidi anular a primeira etapa do Concurso da Assembleia Legislativa”, escreveu.
E completou: “Nosso compromisso é com a transparência e a absoluta lisura de todos e quaisquer atos de gestão do Poder Legislativo. A íntegra da resolução está no site da Assembleia.”
Em razão dos registros e denúncias de falhas de execução, fiscalização e segurança na aplicação da prova objetiva, bem como pela correta interpretação sobre a LGPD, quando da divulgação do Resultado Preliminar, decidi anular a primeira etapa do Concurso da Assembleia Legislativa.
— Othelino Neto (@OthelinoNeto) June 20, 2022
O concurso público do Legislativo está sendo investigado pelo Ministério Público após o deputado estadual Yglésio Moyses (PSB) denunciar que uma quadrilha teria atuado para fraudar as provas do certame. As provas foram aplicadas pela pela Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Fundação CEPERJ) (reveja aqui).
O pedido de abertura de inquérito foi feito pelo presidente da Casa (saiba mais).
O Parquet encaminhou ofício na sexta-feira, 17, Yglésio solicitando que indique local, dia e hora, considerando as prerrogativas funcionais dele, para prestar esclarecimentos sobre o caso. O objetivo é colher informações a fim de embasar as investigações já iniciadas no dia 26 de maio, com instauração de Notícia de Fato pela 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa (relembre aqui).
Em discurso na Assembleia Legislativa, o deputado estadual voltou a fazer uma grave denúncia e revelou que ofereceram a ele a quantia de R$ 200 mil para ficar calado acerca do caso.