O parecer preliminar do deputado Ricardo Maia (MDB-BA), que recomenda o arquivamento da representação contra o deputado federal maranhense, Márcio Jerry (PCdoB), ainda não foi votado no Conselho de Ética da Câmara Federal.
Alvo de um pedido de cassação de mandado por quebra de decoro, Jerry é acusado pelo PL de ter cometido importunação sexual contra a deputada de Santa Catarina, Júlia Zanatta (PL).
Na ocasião da acusação de importunação sexual, Jerry encostou por trás em Zanatta e cochichou algo em seu ouvido no momento em que ela discutia com a deputada Lídice da Mata (PSB), durante uma conturbada audiência com o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB).
Zanatta protestou contra Jerry pela ‘encostada’ durante a audiência. A cena foi flagrada por outros deputados. Jerry deixou o local rapidamente, e seguiu em direção a aliados.
Depois da forte repercussão do caso, quando imagens da cena passaram a circular nas redes sociais, Jerry negou ter importunado a deputada, classificou a denúncia de absurda e se colocou na posição de vítima de “uma armação” feita pela parlamentar.
Apesar disso, a procuradora da República Raquel Branquinho Nascimento, coordenadora do grupo de trabalho Violência Política de Gênero, encaminhou uma representação ao procurador-geral da República, Augusto Aras, pedindo a abertura de investigação contra Márcio Jerry por possível crime de violência política de gênero praticado contra a deputada Júlia Zanatta.