Do G1, em Brasília
Com base em documentos entregues pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Polícia Federal apura ações de um suposto grupo criminoso que teria feito espionagem ilegal de políticos, segundo informou na edição deste sábado (5) o jornal “O Estado de S. Paulo”.
De acordo com os documentos enviados por Miro Teixeira, parlamentares como Blairo Maggi (PR-MT) e Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) foram grampeados.
Miro Teixeira disse ao G1 que, em julho de 2012, após uma sessão da CPI do Cachoeira, recebeu uma pessoa que se dizia ameaçada.
Segundo o deputado, essa pessoa disse que o grupo prestava serviços independentemente de partido ou linha ideológica. “Eles se valiam de informações sobre privacidade das pessoas para fazer chantagem e obter vantagens”, disse Miro Teixeira.
O deputado afirmou que, na documentação que enviou ao Ministério da Justiça, havia transcrições de telefonemas do senador Blairo Maggi, do deputado Carlos Leréia e do ex-senador Demóstenes Torres, que teve o mandato cassado após suposto envolvimento com a organização do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Para Teixeira, o grupo que faz espionagem não está vinculado ao esquema de Cachoeira. “É outra organização”, disse.