A Polícia Federal está nas ruas na manhã desta terça-feira (7) realizando uma operação contra suspeitas de corrupção em contratos de gráficas que imprimiam provas do Enem.
A investigação aponta envolvimento de funcionários públicos do Inep (Instituto Nacional de Estudos Educacionais), órgão do Ministério da Educação responsável pela prova, para favorecer empresas em processos milionários de contratação.
A apuração indica o enriquecimento ilícito de cerca de R$ 5 milhões dos servidores suspeitos de envolvimento nos desvios.
Os supostos esquemas começaram no governo Dilma Rousseff e seguiram até os primeiros meses do mandato de Jair Bolsonaro.
A PF mira contratos de R$ 728 milhões com a R.R Donnelley assinados entre 2010 e 2018 e outro de R$ 153 milhões firmado com a Valid S.A, entre janeiro e fevereiro de 2019, já no governo de Bolsonaro.
De acordo com a apuração, a estimativa é que houve superfaturamento de R$ 130 milhões nas contratações e que o valor arrecadado a mais foi repassado para integrantes da organização criminosa composta por empresários, funcionários das empresas e servidores públicos.
Os alvos são investigados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e crime contra lei de licitação. Ao todo a PF cumpre 41 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro.
Para tentar reaver o valor desviado, a Justiça Federal determinou o sequestro de R$ 130 milhões das empresas e pessoas envolvidas.