Interceptações telefónicas mostram duas versões que tanto podem ajudar como piorar a situação do secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Eduardo Lula, por suposta conduta ilícita em um processo licitatório ocorrido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Trechos do dialogo entre Lula e um dos donos de institutos mostra o auxiliar de Flávio Dino surpreso ao tomar conhecimento de como estava sendo realizado os procedimentos para pagamento e o acumulo de pessoas que recebiam, ou seja, uma ilicitude devidamente organizada.
No inquérito da PF, é mantida a tese de que Lula tinha conhecimento do esquema e a Secretaria de Saúde determinou que fosse reformado – sem licitação – a UPA da cidade de Chapadinha. A determinação para reforma teria levado dono de um instituto a cometer crime.
A superintendente da Polícia Federal, delegada Cassandra Ferreira Alves Parazi, também chegou a confirmar publicamente que o secretário Carlos Lula sabia do esquema que desviou mais de R$ 18 milhões de recursos da Saúde e nada fez para evitar o rombo. “Especialmente o secretário de Saúde. Ele especialmente tinha conhecimento disso e infelizmente não soube tratar da melhor forma, não soube bloquear isso e as fraudes continuaram”, disse a Cassandra.