Veja.
Quando recebeu a faixa presidencial das mãos de Lula, em 2011, a presidente Dilma Rousseff herdou um governo com popularidade nas alturas e uma oposição praticamente dizimada no Parlamento. Sua posse foi também o início de um projeto de poder ainda mais ambicioso.
A aliança entre PT e PMDB, além de vitoriosa nas urnas, rendeu a ambos a soberania no papel de protagonistas políticos. Peemedebistas e petistas comandam o governo federal, o Congresso, administram dez estados e milhares de prefeituras país afora. Essa simbiose, porém, esteve por um fio.
Em uma crise que por pouco não atingiu o ponto de ebulição, os dois partidos estiveram muito perto de um rompimento definitivo, com direito a troca de xingamentos, ameaças e uma inédita explosão de ira do vice-presidente Michel Temer – que chegou a anunciar aos conselheiros mais próximos a intenção de romper definitivamente a parceria com o governo.
Foram oito horas de tensas negociações que envolveram a presidente Dilma Rousseff, dois ministros de estado e as lideranças dos partidos – e que atingiram o ápice com a redação de uma nota na qual os peemedebistas anunciavam a surpreendente decisão.
PT e PMDB são organizações criminosas camufladas de partidos políticos. Isso é briga de quadrilhas por territórios e áreas de atuação, que sempre começa com muita zoada e acaba em festa regada a muita cerveja e tira gosto.