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Polícia Federal faz operação contra uso de criptomoedas para lavar dinheiro

A Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira (22) uma operação contra os crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e associação criminosa com uso de criptoativos. Segundo a investigação, que tem apoio da Receita Federal, o grupo é suspeito de comprar criptomoedas no exterior para fazer lavagem de dinheiro.

Segundo a operação Colossus, o grupo teria enviado mais de R$ 18 bilhões ao exterior entre 2017 e 2021.

Nesta quinta, foram cumpridos 101 mandados de busca e apreensão e de prisão. As ações se concentraram no estado de São Paulo, com buscas na capital, em Guarulhos, Franca, Campinas, Santo André, Mogi das Cruzes e Barueri.

A PF também cumpriu mandados nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, Belo Horizonte, Florianópolis, Caxias do Sul, Recife e Curitiba.

GRUPO MOVIMENTAVA DINHEIRO EM EMPRESAS DE FACHADA

As investigações tiveram início a partir de Relatório de Inteligência Financeira, com comunicações de movimentações bancárias suspeitas envolvendo a negociação de criptoativos.

A POLÍCIA DIVIDIU OS SUSPEITOS EM TRÊS GRUPOS:
Arbitradores: responsável pela aquisição de grandes quantidades de ativos virtuais no exterior, em países como Estados Unidos, Cingapura e Hong Kong.

Intermediadores: compravam os criptoativos no Brasil e revendiam para empresas e pessoas físicas. Os interessados, em grande parte dos casos, eram envolvidos com práticas criminosas.
Empresas de fachada: adquiriam os criptoativos das corretoras especializadas com a finalidade de lavagem de dinheiro.

Segundo a investigação, entre os clientes das corretoras estariam pessoas mortas, beneficiários de programas assistenciais, idosos com mais de 90 anos, doleiros, contrabandistas e comerciantes de bairros de comércio popular de diversas cidades do país, como Brás e 25 de Março, na região central da capital paulista.

Um único contador seria responsável por mais de 1.300 empresas sediadas nesses locais de comércio popular de São Paulo, aponta a investigação. “A maioria dessas empresas era de fachada”, diz a PF.

No período investigado, as empresas administradas por esse contador movimentaram, aproximadamente, R$ 1 bilhão com os arbitradores e as exchanges investigadas, segundo a polícia.

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