Do site Codó Notícias
A Polícia Militar de Timbiras abordava suspeitos de tráficos, na noite desta terça feira (04/06), quando os criminosos revidaram atirando. Na troca de tiros, um PM identificado como cabo Moreira foi baleado e morreu ao dar entrado no Hospital Geral de Timbiras. Um bandido também morreu no confronto. A identidade do mesmo ainda não foi revelada.
De acordo com a equipe médica do Hospital de Timbiras, o policial morreu vítima de um tiro no rosto e outro abaixo do peito, que acabou atingindo o pulmão e o coração. Os tiros teriam sido disparados por um suspeito de tráfico de drogas.
O Policial Moreira deixou 3 filhos, iria completar 21 anos na sua função defendendo a população, Manoel Domingos Moreira, de 38 anos, mais conhecido como Cabo Moreira. Seu corpo está sendo velado na Rua Carlos Palhano na cidade de Codó.
Ser policial, muitas vezes, é contrariar interesses de pessoas mal intencionadas e interessadas em lucrar a partir da lesão ao outro. Quando a polícia intervém evitando que tais práticas se propaguem é possível que o criminoso tome a ação como “pessoal”, e resolva exterminar os responsáveis por frustrar seus negócios ilegais. Assim, policiais morrem, simplesmente, por terem cumprido seu papel.
Algumas coisas parecem óbvias, desnecessárias de serem ditas, mas justamente por possuírem este estatuto acabam por ser desapercebidas e convenientemente ignoradas. Não é novidade que o grupo dos policiais é mais vulnerável a mortes não naturais do que as demais pessoas da sociedade, por motivos que parecem unânimes e evidentes, mas nem sempre estudados e considerado no desenvolvimento de políticas pública na área de segurança pública. Após o levantamento parcial feito pelo jornal Folha de São Paulo, apontando que um policial morre a cada 32 horas no Brasil, vale a pena investigar quais são as peculiaridades da atividade policial que levam esses profissionais a estarem mais expostos do que outros trabalhadores:
O corpo do suspeito de tráfico morto na ação continua em Timbiras, mas ainda não foi identificado. Sabe-se apenas que ele era de Coroatá assim como todo o resto da quadrilha formada por quatro homens. Dois deles foram presos na entrada de Coroatá pela equipe do tenente Marlon Maikon, são eles: Mateus de Oliveira Sousa Silva, de 19 anos, e um adolescente de 16 anos.
No mesmo momento, ontem à noite, a PM de Timbiras, com cabo Walkir, sargento Ernandes e a vítima cabo Moreira, todos a paisana, tentava prender os dois que ainda restavam. Quando os bandidos foram alcançados, na altura da ponte José Sarney, houve troca de tiros vindo a óbito o suspeito de tráfico e o policial.
Ainda não se esclareceu se o bandido morto foi quem atirou e matou cabo Moreira, atingido no rosto e no tórax, via axilas, uma vez que estava com o colete a prova de balas.