Antes de iniciar a reforma ministerial, o Palácio do Planalto alertará o comando do PP que a legenda só manterá o espaço atual no governo se apoiar a reeleição do presidente Michel Temer.
Apesar de não assumir oficialmente, Temer já admite em conversas reservadas que vai entrar na disputa.
Hoje, o PP comanda os ministérios da Saúde, das Cidades e da Agricultura, além da Caixa Econômica Federal.
“O PP tem que se comprometer com a candidatura de Temer. Caso contrário, não dá para ficar com esse latifúndio no governo”, disse ao blog um auxiliar próximo do presidente Temer.
Ricardo Barros (Saúde) já disse que deixará o governo. Blairo Maggi (Agricultura) decidiu não disputar a reeleição para o Senado.
O PP tenta emplacar o atual presidente da Caixa, Gilberto Occhi, no Ministério da Saúde. Ao mesmo tempo, a legenda quer manter o comando do banco.
Sobre o Ministério das Cidades, o governo admite colocar um aliado de outro partido para o lugar de Alexandre Baldy.
“Na prática, o Ministério das Cidades é um consórcio de várias legendas”, reforçou esse auxiliar de Temer.