O PPS (Partido Popular Socialista) sinalizou neste sábado (7) que vai apoiar a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (SP), e da ex-senadora Marina Silva à Presidência da República nas Eleições 2014. Durante congresso que vai até amanhã, a sigla decidiu pelo apoio a Campos por 152 votos a favor contra 98 da proposta de candidatura própria do partido.
Havia ainda uma terceira possibilidade, de apoio ao possível candidato tucano ao Planalto em 2014, senador Aécio Neves (MG), mas a proposta foi descartada na última hora.
O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), comemorou a decisão. Ao defender o apoio a Campos e Marina, Freire citou o “reencontro histórico” com um projeto de esquerda democrática.
— É um reencontro com uma esquerda democrática na qual nós, a muito custo, ingressamos a partir da década de 1960. É um reencontro histórico inclusive na crise geral das esquerdas mundiais.
Freire também destacou ainda que “a partir de agora, a unidade do PPS é que é o fundamental” e que “não tem nem derrotados nem vencedores”.
O posicionamento favorável ao PSB nas Eleições 2014 é apenas um indicativo de apoio, já que legalmente as convenções dos partidos acontecem no mês de junho. No entanto, é um sinalização clara dos rumos que o partido pretende tomar em 2014.
A partir de agora, a direção nacional da legenda vai procurar Eduardo e Marina para começar a discutir uma agenda para o Brasil que caminhe na direção da construção de uma nova maneira de fazer política, um novo modelo para economia e um novo modo de governar.
Escolhido para fazer a defesa da tese vencedor, o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA) disse que o PPS precisava mudar o seu eixo de alianças e trabalhar para o fim dualidade entre o PT e o PSDB que há anos toma conta da política brasileira. Para o parlamentar, até agora a candidatura que pode representar a mudança é a que está sendo construída pelo PSB e pela Rede.
— O que é mais dinâmico no nosso entendimento é o que se expressa na candidatura de Eduardo e Marina. É esse eixo que está tentando construir uma nova agenda para o Brasil”, disse Jordy.
Veja abaixo a sinalização oficial do partido sobre as Eleições 2014:
“1 – O PPS se soma ao PSB e REDE para construir uma candidatura a presidente da República no rumo da nova política, nova economia e novo governo para o Brasil.
2 – Nomeia uma Comissão Eleitoral para analisar a situação nacional e de cada estado e fazer a discussão das melhores alternativas para o crescimento do PPS, principalmente considerando as alianças que o partido tem nos estados.
3 – Convocam uma pré-convenção eleitoral para março de 2014 para decidir a aliança do partido
Brasília, 07 de dezembro de 2013″
(R7)