Com 55 anos e eleito para o mandato de 2013 a 2016 da prefeitura de Anajatuba, Hélder Lopes Aragão (PMDB), está na mira da justiça. Motivo: o gestor é acusado de desviar milhões do município. Além dele, o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Antônio Carlos Braide, também aparece como membro de uma organização criminosa.
As denúncias contra o prefeito de Anajatuba começaram em 2014, quando o vice-prefeito, Sidney Pereira, checou documentos e descobriu que houve desvio de dinheiro, fazendo a denúncia à Polícia Federal (PF), e ao Ministério Público (MP). O caso foi destaque na imprensa nacional, em matéria exibida no Fantástico no quadro “Cadê o dinheiro que estava aqui?”.
Os desvios de dinheiro eram feitos na contratação de empresas prestadoras de serviço e fornecedores de produtos, que juntas receberam R$ 9 milhões só no ano passado.
A organização criminosa da qual o prefeito faz parte já desviou R$ 13.964.048,02 milhões de reais dos cofres do município, através das empresas Vieira e Bezerra, atual FCB Produções e Eventos, A4 Serviços e Entretenimento, Construtora Construir e MA Silva Ribeiro.
Na última sexta-feira (03), o promotor da Comarca de Anajatuba, Carlos Augusto Soares ajuizou quatro ações civis públicas, por crime de Improbidade Administrativa contra o prefeito Helder Aragão, os secretários municipais Ednilson dos Santos Sousa (Administração), Álida Maeria Mendes Santos Sousa (Educação), e Luís Fernando Costa Aragão (Assistência Social). Além dos integrantes da Comissão Permanente de Licitação, João Costa Filho, Georgina Ribeiro e Francisco Marcone.
A ação pleiteia a suspensão dos direitos políticos dos envolvidos e indisponibilidade dos bens.
Indícios não faltam para a prisão do gestor.