Categorias

Prefeitura de Paço do Lumiar é alvo da PF por usar barbearia para desviar verba pública

A Prefeitura de Paço do Lumiar, administrada por Paula da Pindoba, foi alvo de buscas durante a operação Mustache, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (12).

O Executivo luminense, juntamente com outras Prefeituras do Maranhão e do Piauí, usou o endereço de uma barbearia de Teresina (PI) para desviar verbas públicas da saúde e educação.

As investigações foram iniciadas a partir de levantamentos realizados pela CGU (Controladoria-Geral da União), em 2020, referentes ao acompanhamento de contratações destinadas ao enfrentamento da pandemia de Covid-19 no Piauí. Após as análises de algumas contratações, identificou-se a participação de uma empresa suspeita de pertencer a “laranja”.

Diante disso, decidiu-se pelo aprofundamento das análises, oportunidade em que os auditores identificaram a participação de outras empresas e pessoas que atuariam de forma coordenada em contratações públicas, especialmente dissimulando concorrerem entre si, resultando em contratações com preços superfaturados.

Os auditores constataram, ainda, que as suspeitas de fraudes em contratações públicas praticadas por esse grupo estendiam-se também a municípios maranhenses e que, tanto no Piauí como no Maranhão, essas contratações não estavam restritas ao enfrentamento da Covid-19, compreendendo diversos objetos relacionados às áreas de educação e saúde, especialmente o fornecimento de bens (tais como aparelhos de ar-condicionado, computadores e impressoras).

Com o avanço das investigações pela PF, foram identificados indícios de pagamentos de vantagem indevida a agentes públicos ligados a determinados municípios contratantes, bem como a prática de lavagem de dinheiro.

Os contratos sob investigação incluem repasses destinados aos respectivos Fundos Municipais de Saúde e Fundos de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

A Operação Mustache consiste no bloqueio de bens e valores de até R$ 11.732.845,19 milhões pertencentes aos investigados, bem como no cumprimento de 34 mandados de busca e apreensão em municípios piauienses e maranhenses. O trabalho de campo conta com a participação de 12 servidores da CGU e de 55 policiais federais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *