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Prefeituras inventam placas de trânsito em bairros de São Luís e Paço do Lumiar

No bairro Maiobão, em Paço do Lumiar, uma placa estava confundindo os motoristas porque indicava ser proibido seguir em frente ou virar à direita. Segundo a Prefeitura de Paço do Lumiar, a autorização da sinalização que não existe no Código de Trânsito Brasileiro foi dada como forma de evitar que o motorista dirigisse na contramão.

De acordo com o coordenador do Observatório de Trânsito do Maranhão, Francisco Soares, existiam soluções mais simples para evitar a confusão dos motoristas. “Não existe dentro das 40 sinalizações nenhuma que impeça você de seguir em frente e dobrar a direita. A sinalização poderia ter sido mais simplista, vire a esquerda porque comunica a mesma informação de uma forma regulamentada”, explicou.

Os moradores reclamam da confusão que o surgimento das novas placas causam, como é o caso do motorista José Monrroe que afirma ser desnecessário espalhar placas pelo local e diz sentir falta de um acompanhamento melhor no trânsito. “Falta sinalização e acompanhamento dos gestores de trânsito, já que mudaram o trânsito deveria ter alguém para orientar para que não ocorra acidentes”, contou.

Para o instrutor de autoescola Dominici Neto, é complicado ensinar quando existe uma placa que não é regulamentada pelo Código de Trânsito. “As vezes nós passamos os comandos para os alunos e acaba acontecendo que a sinalização faz com que a gente entre em contradição. Muitas das vezes aluno acaba se confundindo e prejudica o nosso trabalho”, afirmou.

No bairro Vinhais, há um modelo da placa “PARE” em formato circular em meio a um cruzamento movimentado. De acordo com a lei, a placa deve ser feita com formato octogonal para quando o motorista se aproximar de um cruzamento saber que tem parar, identificando apenas o formato da placa, até mesmo se ela estiver no sentido contrário.

Nesse caso, os motoristas avançam, exatamente o oposto do que deveriam fazer em um cruzamento. Para Francisco Soares, é melhor não ter sinalização do que uma que confunda. “Muito perigoso quando o gestor do trânsito começa a mudar por conta própria. A sinalização confunde e isso se torna pior do que a ausência de sinalização. É melhor não ter do que ter uma que confunda, só naquele minuto que o motorista vai processar a informação pode haver um sério risco de acidente”, finalizou.

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