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Presidente do TJ diz que “acordo de cavalheiros” não foi formalizado e não tem validade

Em entrevista concedida ao Blog do Neto Ferreira, nesta quarta-feira (16), o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, disse que o “acordo de cavalheiros” não tem validade, pois não foi formalizado pelo regimento interno da Corte Judiciária.

A declaração foi dada após a desembargadora Ângela Salazar afirmar que o ajustamento deveria ser respeitado pelos colegas (saiba mais).

“Esse acordo nunca foi formalizado, o desembargador Lourival, certa vez, em uma conversa de 12 anos atrás disse que quem já tinha sido eleito não seria para que os colegas tivessem a oportunidade sê-lo, quando era o Tribunal de 24 , mas isso nunca ficou consignado, nós nunca dissemos olha, a partir de hoje, não teve essa conversa e várias eleições se sucederam, inclusive do eminente desembargador Marcelo [Carvalho], meu querido amigo, que infelizmente renunciou a candidatatura a presidência, seria eleito com certeza, foi eleito para Isman, logo depois desse acordo, a desembargadora Nelma [Sarney] concorreu com o desembargador Raimundo Cutrim, são vários casos no Tribunal”, explicou José Joaquim.

Durante a conversa, o presidente do TJ disse que a desembargadora queria fazer uma espécie de coação do Tribunal, pois queria que todos da Corte votassem nela na eleição para a Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA), que foi realizada nesta quarta-feira (16).

“Eu porque sou muito ético, eu primeiro me respeito e depois respeito as pessoas porque o que ela [Ângela Salazar] fez ontem é dizer o seguinte no sentido que o Tribunal de Justiça teria que votar nela porque estava [eu] descumprindo o acordo, ou seja, Coação do tribunal? Eu gosto de harmonia, como fui eleito há 2 anos atrás, onde vários blogueiros, teus parentes passaram a atacar contra minha família, você sabe que tu aquilo é mentira, eu tive que provar e depois processar, nos nossos tribunais, nós evitamos exatamente isso. Eu viro a página”, afirmou o magistrado.

José Joaquim foi eleito com 17 votos contra 11 recebidos por Salazar, sua opositora na corrida eleitoral para a Corregedoria do TRE.

O desembargador comentou, ainda, sobre os planos para a sua gestão a frente do cargo no biênio 2020-2022. “Vou aproveitar o que já tinha sido feito pelo eminente desembargador Tyrone [Silva], eminente desembargador Cleones [Cunha], que é o presidente [do TRE], e formar uma equipe boa de trabalho , nós já vamos chegar próximo ao pleito, em outubro do ano vindouro e sempre com retidão e respeito, e dizendo o seguinte: a política, as eleições, quem comanda são os políticos, que são os donos, nós somos os gerentes das eleições, a gestão é nossa”.

Outro ponto tocado por José Joaquim foi a questão dos ataques direcionados a ele por conta da sua candidatura ao Tribunal Eleitoral. Segundo o desembargador, afirmaram que o desejo do mesmo era substituir Tyrone Silva na presidência da Corte, após a saída de Cleones Cunha.

“Sabe o que disseram que eu ia ser candidato para tirar o colega Tyrone, esse que foi levantamento, que se eu soubesse de onde partiu eu lhe dizia da onde foi, fazendo campanha que ao ser eleito aqui eu tiraria o meu colega, pelo contrário eu sou amigo de mais de 40 anos. Eu fiz questão de dizer que está consignado. Vou ser vice-presidente/corregedor e eu vou fazer isso no dia da minha posse. Não vamos fazer eleição, vai ser aclamação para o desembargador Tyrone [Silva]. Primeiro retidão, ética, respeito ao colega que já está lá, porque eu poderia concorrer, não teria nenhum impedimento”, garantiu.

One thought on “Presidente do TJ diz que “acordo de cavalheiros” não foi formalizado e não tem validade

  1. Conheço o José Joaquim desde o tempo em que o mesmo era advogado do extinto Departamento de Estradas de Rodagem – DER ! Sempre foi um sujeito correto, educado e cumpridor dos seus compromissos. Tenho certeza que continua o mesmo sujeito de outrora. Sucesso Zé.

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