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Presidente do TRE defende o eleitor como prioridade da Reforma Política

Agência Assembleia

Presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador José Bernardo Rodrigues
Presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador José Bernardo Rodrigues

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador José Bernardo Rodrigues, declarou, na manhã desta sexta-feira (16), durante palestra no painel promovido pela Comissão Especial da Legislativa, que o principal alvo do projeto de Reforma Política em tramitação no Congresso Nacional deve ser o próprio eleitor, que deve estar atento e vigilante para a escolha do candidato que constitui o movimento democrático.

Para José Bernardo, se a escolha do candidato não é bem feita é obvio que a administração será um fracasso. “Em primeiro lugar, precisamos estar atentos com o eleitor. Isso depende muito do trato nas escolas com a juventude, que já está demonstrando essa consciência na participação do processo político brasileiro. O cidadão tem que ser atuante e estar presente”, afirmou.

O presidente do TRE acha que devemos promover uma reforma politica que não permita a escolha dos denominados candidatos ficha suja. Segundo ele, isso independe da instituição de uma nova lei pelo Congresso, e sim das próprias pessoas que integram os partidos políticos que estão escolhendo candidatos fichas sujas, que permanecem nos certames e são substituídos por pessoas muitas vezes inexpressivas, causados prejuízos para a sociedade.

Na avaliação do desembargador José Bernardo, antes da mudança da lei é preciso uma mudança de consciência no estado democrático de direito, definindo “quem é quem e quem faz o que”, quando se trata de organização democrática. O presidente deixou claro que o TRE pode se envolver no Congresso, porque tem suas atividades administrativas e judicias, que são a organização eleitoral e a analise e julgamento dos recursos.

SISTEMA DEFASADO

O procurador geral da República, Juraci Guimarães Júnior, esclareceu que a Procuradoria vai colaborar com a Assembleia Legislativa na luta por uma reforma política que satisfaça os anseios da sociedade brasileira, que vive uma crise de identidade, porque não se reconhece nos políticos. “É necessária a recuperação dessa representatividade. Isso passa por uma reformulação profunda do sistema eleitoral brasileiro”, comentou.

Na avaliação de Juraci Guimarães, o sistema eleitoral brasileiro – proporcional de lista aberta – é defasado e só existe em cinco países do mundo.  O procurador entende que é preciso discutir o fim da reeleição, o voto facultativo, o financiamento das campanhas, reforma partidária e outros temas relativos a reforma eleitoral, que estão sendo cobrados por todos os setores da sociedade, inclusive por meio de manifestações populares.

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