Da Folha
A ProcuradoriaGeral da República denunciou nesta sexta (2) o senador afastado Aécio Neves (PSDBMG) ao STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção passiva e obstrução à Justiça por fatos apontados por delatores da JBS.
Para os investigadores, o tucano usou o cargo para atuar em benefício da J&F, a holding da JBS, além da ingerência do PSDB em assuntos governamentais. Aécio nega as acusações.
A Procuradoria pediu ainda a abertura de um novo inquérito para investigar se o tucano cometeu crime de lavagem de dinheiro.
Agora, cabe ao ministro Marco Aurélio Mello, relator do caso no Supremo, pedir para ouvir as defesas, preparar um relatório e levar a denúncia, com sua posição sobre o pedido da Procuradoria, para ser analisada na Primeira Turma da corte. O colegiado então decidirá se transforma ou não Aécio em réu. Se um processo for aberto, ele pode ser condenado ou absolvido. Não há prazo para isso.
Também foram denunciados Andréa Neves, irmã do senador, Frederico Pacheco, seu primo, e Mendherson Souza Lima, assessor do senador Zezé
Perrella. Eles foram presos em 18 de maio e são acusados pelo crime de corrupção passiva.
Quando abriu o inquérito, a PGR começou a investigar Aécio junto com o presidente Michel Temer e seu antigo assessor, Rodrigo Rocha Loures.
A Procuradoria, no entanto, pediu e o Supremo fatiou as investigações a fim de acelerar o oferecimento de denúncia contra o tucano, uma vez que os indícios contra Aécio já eram considerados suficientes para isso, apurou a Folha.