Um novo capítulo na novela das ações sobre supostas fraudes na cota de gênero nas eleições de 2022 no Maranhão se inicia. A Procuradoria Eleitoral deu parecer pelo desprovimento de mais um pedido do União Brasil no processo. O partido quer que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (ambos do União) sejam ouvidos na ação que já segue para as considerações finais.
O relator do processo, desembargador José Gonçalo Filho, enviou o pedido (considerado como mais um ato protelatório pelas partes envolvidas no processo) para o Ministério Público Eleitoral para parecer a respeito.
Para o procurador Hilton Melo, o pedido do deputado estadual Neto Evangelista deveria ter sido feito na fase de instrução logo do primeiro depoimento quando foram citados Juscelino e Pedro Lucas como os reais organizadores das chapas nas disputas da Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados (reveja aqui).
Melo considera desnecessária as oitivas dos membros do União Brasil neste momento de considerações finais até porque a presidente estadual da época, Renata Machado Beier, foi uma das ouvidas na ação.
A manifestação do Ministério Público Eleitoral ainda será analisada, mas não por José Gonçalo Filho. O desembargador inicia suas férias de 20 dias nesta terça-feira, 10. Assume no lugar o desembargador Ronaldo Maciel e ele será o responsável pela ação contra o União Brasil e o PSC.
A expectativa é de que o magistrado coloque em pauta as duas ações durante as pouco mais de duas semanas que assume a corregedoria.
Sobre as férias do desembargador titular da corregedoria eleitoral, há quem diga que ocorre devido a representação na corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) feita por assessor da senadora Eliziane Gama (PSD). Na representação, o magistrado é acusado de aceitar a protelação do União Brasil e PSC (principalmente).
De férias, o corregedor fica fora da pressão que está sendo jogada no caso das duas ações por uso de candidatura feminina laranja.
Do Imirante.com