Um levantamento realizado por um grupo da Universidade Federal de Minas Gerais, mostrou que 54 por cento dos usuários entrevistados que foram atendidos pelo programa Mais Médicos dão nota 10 ao projeto criado em 2013, para levar médicos a regiões carentes.
A pesquisa foi encomendada pelo Ministério da Saúde ao Grupo de Opinião Pública da universidade. As entrevistas foram feitas em Unidades Básicas de Saúde de 700 municípios de todas as regiões do país entre 17 de novembro e 23 de dezembro de 2014. A margem de erro é 1 por cento.
Um dos resultados inesperados da pesquisa é de que os pacientes não tiveram dificuldades na comunicação com os médicos estrangeiros – 84 por cento. Apenas 2 por cento sentiram muita dificuldade.
Comparando com o período anterior à chegada dos médicos do programa, 84 por cento acham que o atendimento melhorou muito, 83 por cento apontam melhora na duração da consulta e 81 por cento acreditam que o profissional conhece mais os problemas de saúde do que os médicos anteriores.
A maioria dos pacientes entrevistados foram mulheres (80 por cento), com filhos e renda de até dois salários mínimos e 40 por cento delas recebem bolsa família. Para a coordenadora, essa satisfação pode estar ligada à experiência dos médicos, já que 63 por cento dos profissionais têm mais de dez anos de experiência, a maioria na atenção básica.
Os resultados da pesquisa foram apresentados durante o 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, em Goiânia.