Da Folha
O PSB e o PPS anunciaram nesta quartafeira (29) que iniciaram as tratativas para a fusão das duas legendas, depois de a iniciativa ter sido aprovada em reunião da executiva pessebista. As legendas começarão a discutir o novo estatuto partidário e pretendem finalizar o processo antes de outubro, para que seus integrantes possam disputar as eleições municipais de 2016.
A previsão é que, com a fusão, prevaleça o nome do PSB no novo partido, mas esse detalhe ainda será discutido. A nova legenda nascerá com uma bancada de 45 deputados federais e 7 senadores, com a tendência de atrair novos parlamentares –como a senadora Marta Suplicy (SP), que pediu desfiliação do PT. Com isso, formará a quarta maior bancada partidária da Câmara, atrás apenas de PT, PMDB e PSDB. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que será formada uma nova força política que vai atualizar seus discursos e suas práticas. “Nascemos da esquerda democrática e teremos como referência sempre essa orientação”, afirmou.
A aliança que resultou na fusão começou nas eleições do ano passado, quando os partidos se uniram em torno da candidatura de Eduardo Campos, exgovernador de Pernambuco morto em um acidente aéreo em agosto durante a campanha, e depois com a candidatura da exministra Marina Silva. “Construímos juntos um projeto e apresentamos ao país”, disse o presidente do PPS, Roberto Freire. Segundo os dirigentes, a nova legenda disputará eleições em ao menos nove capitais: Curitiba, Vitória, Recife, Goiânia, Rio de Janeiro, São Luís, Manaus, Maceió e, com um nome novo, São Paulo com Marta Suplicy.