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Publicitário Duda Mendonça morre em São Paulo

Conhecido por comandar campanhas políticas vitoriosas, o publicitário Duda Mendonça morreu em São Paulo aos 77 anos. A informação foi confirmada ao UOL por pessoas próximas ao publicitário.

Essa era a segunda vez este ano que o publicitário passava pelo Sírio. De acordo com GloboNews, ele tratava um câncer e foi diagnosticado com covid19.

Por enquanto, o hospital não confirma a morte do publicitário por recomendação da família, que desde a internação proibiu a divulgação de boletins médicos.

Carreira política

Duda ganhou fama em 1992, quando repaginou a imagem de Paulo Maluf (PP) e o levou a uma campanha vitoriosa à Prefeitura de São Paulo. Mas é conhecido principalmente por ter comandado a primeira campanha eleitoral à Presidência da República vencida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2002, com o slogan “Lulinha, Paz e Amor”.

Mas Duda também fez história em campanhas com Ciro Gomes (PDT), no Ceará, Miguel Arraes, em Pernambuco, Paulo Skaf (MDB), em São Paulo, e até com o ex-primeiro-ministro de Portugal, Pedro Santana Lopes.

Mensalão

A imagem de Duda acabou arranhada durante o escândalo do mensalão, ainda no governo Lula, quando foi acusado de usar uma offshore nas Bahamas para receber pelos serviços prestados ao PT. Embora tenha virado réu, terminou absolvido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por falta de provas de que ele teria conhecimento sobre a origem do dinheiro. Também não ficou provado que ele tivesse a intenção de ocultar a verba.

Em 2005, ele confessou à CPI dos Correios ter recebido, via caixa 2, um total de R$ 10,5 milhões pela campanha que elegeu Lula. O crime, no entanto, seria o de sonegação fiscal e não o de lavagem de dinheiro, segundo sua defesa. Por essa razão, pagou ao fisco R$ 4,8 milhões

O nome do marqueteiro voltaria às manchetes em 2016, quando acabou envolvido na Operação Lava Jato. A suspeita, delatada por executivos da Odebrecht, era de que ele teria recebido R$ 10 milhões para o grupo político do então presidente Michel Temer (MDB) . No ano seguinte, ele assinou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

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