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‘Quando o prendemos já sabíamos que ele era o assassino’ diz Aluísio

G1.MA

Em entrevista realizada nesta quinta-feira (14), o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes falou sobre o trabalho da polícia na elucidação do caso do assassinato do jornalista Décio Sá. Aluísio afirmou que a polícia prendeu Jonathan Sousa Silva, no dia 5 de junho por tráfico de drogas, mas que a investigação já sabia que ele era o autor do crime.

“O grau de pseudo-proteção dessa quadrilha era tão grande que eles contrataram um assassino frio, e não pagaram o valor total que foi combinado para que ele matasse Décio. Isso fez com que ele voltasse para São Luís, para cobrar esses mandantes. Ele foi preso um dia antes de matar o Bolinha, a prisão salvou o Bolinha”, afirmou Aluísio.

“Quando nós o prendemos já sabíamos que ele era o assassino. Mas as investigações estavam em sigilo e não podíamos espantar os outros envolvidos. Inclusive, o retrato falado foi feito e nesse período nós já sabíamos como ele era, quem era o Jonatan. Quando ele foi preso ele foi confrontado com diversas provas e não teve como negar participação no caso. Ele acreditou na polícia e confessou toda a história”, esclareceu.

O secretário falou, ainda, que ninguém foi recompensado com os R$ 100 mil oferecidos pelo Disque-Denúncia. ” A elucidação do caso se deu, em sua maior parte, pela investigação da polícia. Essa quantia foi oferecida para estimular o número de denúncias, mas a elucidação do caso é resultado da investigação da polícia”, finalizou.

De acordo com o secretário Aluísio Mendes, uma espécie de ‘consórcio’ acabou sendo formado pelos suspeitos para executar o jornalista na noite de 23 de abril, em um bar da Avenida Litorânea. Na manhã dessa quarta-feira (13), a polícia do Maranhão deflagrou a Operação “Detonando”, que já efetuou sete prisões, entre elas, a do autor dos disparos contra o jornalista.

Entenda o caso
O jornalista Décio Sá foi assassinado no dia 23 de abril, com cinco tiros, em um bar da Avenida Litorânea, em São Luís. No mesmo dia do crime, as investigações foram iniciadas e uma recompensa de R$ 100 mil foi oferecida pelo Disque-Denúncia por pistas que levassem ao executor de Sá.

Logo no início das investigações, agentes descobriram o pente da arma usada pelo assassino, que o deixou cair durante a fuga e testemunhas começaram a ser inquiridas para prestar esclarecimentos sobre o fato.

Contudo, três depoimentos de testemunhas vazaram na internet e, com isso, a polícia decretou sigilo absoluto para não atrapalhar as investigações.

Quase 40 dias após o crime, a polícia divulgou o retrato falado do suspeito de assassinar o jornalista Décio Sá. Com a veiculação da imagem, o Disque-Denúncia, em 24 horas, recebeu 60 ligações que indicariam o paradeiro do executor.

Um dos suspeitos de participar do assassinato do jornalista, Valdênio José da Silva, chegou a ser preso, mas por falta de provas consistentes, acabou sendo libertado. Na última segunda-feira (12), Valdênio foi assassinado dentro de casa, na Vila Talita, em Raposa (Região Metropolitana de São Luís), também com cinco tiros. Após 51 dias do crime, a polícia elucidou o caso e já prendeu sete apontados de participação no assassinato.

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