O Ministério Público denunciou o repórter Jonathan Sobreiro por injúria preconceituosa, após ele entrevistar uma pessoa com transtornos mentais. Na matéria, a entrevistada relatou que era atriz e havia trabalhando em novelas do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) e da Rede Globo. A matéria, exibida em agosto deste ano, ganhou repercussão nacional. O vídeo foi disponibilizado no Youtube e já tem mais de 750 mil visualizações.
Segundo a promotora de justiça, Alline Matos Pires, da Comarca de Imperatriz, a mulher possui distúrbios mentais e não poderia ter sido colocada em situação constrangedora. “Trata-se de uma lamentável atuação de um profissional da imprensa, que se utilizando da condição de pessoa com transtornos psíquicos, em evidente processo delirante, grava entrevista, divulgando-a em seguida, amplamente, fazendo-a alvo de chacota e zombaria”.
A promotora disse ainda que o denunciado ofendeu a dignidade e honra da vítima, que durante a entrevista chegou a revelar ser paciente do Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) de Imperatriz. “A atitude do repórter, por todo o contexto, apresenta claro caráter discriminatório, chegando inclusive a estimular o processo delirante, notadamente ao fazer perguntas relativas a uma situação sabidamente ilusória”.
O MP pede a condenação do réu pelos crimes previstos nos artigos 140 e141, do Código Penal, que tratam de injúria preconceituosa. Foi, ainda, solicitada a instauração de inquérito na Delegacia de Polícia para identificar outras pessoas responsáveis pela divulgação do vídeo.
Recentemente a Defensoria Pública local, por meio do defensor Fábio Carvalho, propôs Ação Civil contra o jornalista, a TV Difusora e a Google do Brasil, visando reparação por danos morais e a imediata retirada de circulação do vídeo.
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