Gustavo Arruda / Imirante
Mesmo em festa por causa do acesso à Série B do Campeonato Brasileiro, conquistado após um empate contra o Macaé, todos no Sampaio Corrêa sabem que a Série C ainda não terminou. Para encerrar a Terceirona com chave de ouro e com o tetracampeonato brasileiro, o Tricolor ainda terá mais dois obstáculos pela frente, sendo que o próximo é o Vila Nova, de Goiás. Assim como fez com o Macaé, o Imirante Esporte apresenta um resumo do Tigre, adversário do Bolivão nas semifinais. Confira.
A história
Fundado em 29 de julho de 1943, o Vila Nova Futebol Clube é considerado um dos maiores times do Centro-Oeste e um dos três grandes do futebol goiano, junto com os arquirrivais Goiás e Atlético-GO. Dono da segunda maior torcida de Goiás, o Vila possui 16 títulos estaduais, sendo o primeiro clube do Estado a disputar uma competição internacional: em 1999, jogou a Copa Conmebol, mas foi eliminado nas oitavas de final para o CSA, de Alagoas, que viria a ser vice-campeão do torneio.
Dono de nove participações na Série A, sendo a última em 1985, o Tigre teve seu melhor momento em competições nacionais no ano de 1996, quando foi o segundo time a conquistar um Campeonato Brasileiro (no caso, a Série C) de forma invicta. Desde então, o Colorado passou um bom tempo na Série B, sendo rebaixado em 2006, mas retornando no ano seguinte. Após novo descenso, em 2011, o time goiano fez uma campanha ruim em 2012 e conquistou o acesso em 2013.
A campanha
Depositando todas as suas fichas no acesso para a Segundona após uma campanha decepcionante no Goianão (foi apenas o 6º colocado), o Vila Nova começou bem a disputa da Série C, vencendo o Grêmio Barueri por 3 a 1, em Goiânia. O desempenho nas primeiras rodadas foi bastante regular e chegou ao seu momento máximo na sétima rodada, quando o Colorado goleou o Caxias, em casa, por 4 a 0, e assumiu a vice-liderança da chave. A boa campanha inicial, no entanto, foi frustrada nas duas últimas rodadas do primeiro turno: com derrotas para Guarani e Macaé, sendo a última no estádio Serra Dourada, o Vila terminou a metade inicial da primeira fase fora da zona de classificação, na 5ª posição.
Já com Heriberto da Cunha como treinador, o Vila voltou a mostrar crescimento e engatou uma série invicta de três jogos, que culminou na conquista da liderança do Grupo B, após uma vitória sobre o Mogi Mirim. Entretanto, uma nova sequência negativa, desta vez de quatro jogos, deixou o Tigre fora do G-4 restando duas rodadas para o fim da fase de grupos. Com a corda no pescoço, o time mostrou força e arrancou duas vitórias cruciais: bateu o Guarani, em Goiânia, e derrotou os reservas do Macaé, fora de casa, para confirmar a vice-liderança do grupo, com 29 pontos em 18 partidas (aproveitamento de 53,7%).
Nas quartas de final, os goianos decidiram o acesso contra o Treze, da Paraíba, que foi terceiro colocado no grupo A. Após uma derrota por 1 a 0 em Campina Grande, o Vila Nova utilizou o fator campo para reverter a situação, vencer por 2 a 0, garantir a classificação e o acesso.