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Seic pode pedir prisão dos envolvidos no caso do carro do R$ 1 milhão

A Superintendência de Investigações Criminais (Seic) pode pedir a prisão dos envolvidos no caso do Renault Clio vermelho encontrado com mais de R$ 1 milhão no porta-malas na rua das Andirobas, no bairro do Renascença, em São Luís.

A informação foi dada ao jornal O Imparcial pelo delegado titular da Seic, Augusto Barros, que comanda as investigações juntamente com o delegado Plínio Napoleão.

“Apesar das investigações estarem bastante avançadas, ainda não temos elementos suficientes para solicitar a prisão das pessoas envolvidas, porém não descartamos a possibilidade de tal providência vir a ser adotada”, declarou Barros.

Guilherme Teixeira, o “Bucho” e Carlos Augusto, “Makilas” estão centro de um escândalo que envolve R$ 1,1 milhão encontrados no porta-malas de um veículo, que foi abandonado no dia 16 de julho desse ano no Renascença.

Câmeras de segurança registraram o momento em que Guilherme estaciona o clio vermelho em frente a um condomínio e logo em seguida, deixa o local embarcando em outro automóvel, um Honda Fit, de cor preta. A polícia identificou que o veículo usado no resgate está em nome da mãe dos irmãos Braide, falecida em outubro 2010, mas que é usado por Antônio Braide.

O tempo que o clio passou estacionado no local causou estranheza aos moradores e o vigilante do condomínio decidiu chamara polícia. Uma guarnição da Polícia Militar compareceu ao local indicado e ali constatou que havia muito dinheiro no porta-malas do carro.

O caso ganhou ampla repercussão na mídia local e repentinamente Carlos Makilas apareceu afirmando que o clio era dele, mas que havia emprestado a outra pessoa.

Ele foi levado para a sede da Seic, onde permaneceu calado. O dinheiro e o veículos foram apreendidos.

Investigadores viraram a noite conferindo as cédulas de duzentos, cem e cinquenta reais, constatando que havia ali, mais de um milhão de reais.

Com o avançar das investigações, foi constatado que o veículo vermelho foi abandonado no Renascença por Guilherme Teixeira, que nos últimos anos exerceu funções de assessoria ao então deputado federal Eduardo Braide; virou assessor na Prefeitura de São Luís após eleição de Eduardo Braide, e atualmente era assessor técnico do deputado estadual Fernando Braide, irmão do prefeito. Guilherme foi exonerado, no dia 2 de agosto.

Carlos Augusto mentiu ao dizer que o dono do carro, segundo a polícia. Ele trabalhou até há poucos dias na Prefeitura de São Luís, na Secretaria de Informação e Tecnologia, de onde já foi exonerado, no dia 31 de julho.

Tanto Guilherme Teixeira quanto Carlos Augusto Diniz, não estão colaborando com as investigações policiais que visam identificar a origem e destinação que seria dada ao dinheiro apreendido. Ambos já foram intimados, por dias vezes, para prestar depoimento na SEIC.

Atenderam ao chamado, mas se recusaram dar qualquer declaração, alegando o direito constitucional de permanecer calados.

Com isso, a Polícia Civil está se valendo dos registros feitos por câmeras de segurança e verificando informações junto ao Banco do Brasil, de onde o dinheiro foi sacado, assim como da transportadora de valores que fez o transporte do dinheiro.

Alvos de operação

No fim da tarde de terça-feira, dia seis de agosto, agentes da SEIC deram cumprimento a mandados de busca de apreensão nas residências de Guilherme Teixeira, no Parque Shalon, e de Augusto Diniz, na Avenida dos Africanos, resgatando documentos e telefones celulares, que serão periciados por especialistas da Polícia Judiciária.

Sem previsão de conclusão

Conforme o superintendente Augusto Barros, as investigações estão avançando, mas ainda não há uma previsão para a conclusão dos trabalhos que visam identificar a origem e destinação do dinheiro apreendido, que está sob custódia do Judiciário em uma conta no Banco do Brasil.

Mesmo assim, ainda não há elementos suficientes para que seja solicitada a prisão dos envolvidos, assim como identificar os crimes supostamente praticados. No entanto, é considerado um caso muito suspeito, visto que as duas pessoas que estão sob investigação, não se manifestam para esclarecer tudo. Porém não está descartada a possibilidade de ambos virem a ser presos por decreto.

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