Os servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União em todo o país mantêm o “apagão”, com foco no período de registro de candidaturas, como forma de chamar atenção para o congelamento salarial que atravessam há mais de seis anos. O governo Dilma prossegue acenando não abrir qualquer tipo de negociação: nesta quarta-feira, o Palácio do Planalto ordenou a retirada dos parlamentares da base aliada que são membros da Comissão de Finanças, impedindo a votação da revisão salarial naquela Comissão da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Em São Luís, a categoria promete comprometer as atividades durante o registro de candidatos que concorrem às eleições deste ano. O Sintrajufe, sindicato que representa os servidores, organiza nesta quinta, 5, a partir das 14h, novo “apagão” do registro de candidatos na Justiça Eleitoral, concentrando servidores das Justiças do Trabalho, Eleitoral e Federal, bem como do Ministério Público da União, no Fórum Eleitoral da capital.
Durante a tarde desta quinta-feira, os servidores devem se concentrar no Fórum Eleitoral, no Anel Viário, por considerarem estratégico que os protestos sejam realizados durante o registro das candidaturas. Essa é uma forma de “avisar ao governo”, segundo o Sindicato, que “sem revisão, não há eleição”, como repetem os servidores nos atos que vêm sendo realizados por todo o país: estados como São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraíba já deflagraram greve por tempo indeterminado reivindicando a votação dos Planos de Caros e Salários parados na Câmara; nos demais está mantida a paralisação durante o registro de candidatos, que pode comprometer cerca de 70% dos registros no último dia do prazo para que ele seja executado na Justiça Eleitoral.