Após a vereadora Fátima Araújo (PCdoB) denunciar suposta compra de votos nas eleições, a sua colega de Câmara Municipal, Silvana Noely (PSB), também reforçou a denúncia e garantiu que alguns vereadores eleitos gastaram R$ 1,5 milhão em “boca de urna”.
Nas redes sociais, a parlamentar fez um longo desabafo lamentando a sua derrota nas urnas no domingo (6). Com 4.702 votos, a socialista, que exerce o seu primeiro mandato no Legislativo Municipal, ficou de fora das vagas alcançadas pelo partido e ocupa agora apenas a quarta suplência do PSB. A sigla elegeu seis vereadores.
Segundo Silvana, o seu trabalho foi vencido pelo dinheiro, pois alguns de seus opositores gastaram R$ 1,5 milhão para comprar votos por R$ 200 ou R$ 400 durante a eleição. Ela não não citou nomes.
“O trabalho perdeu para o dinheiro. Foram 4 anos de muito trabalho, e não foi de qualquer jeito. Coloquei muito amor, dedicação, e acima de tudo, abri mão da minha família para cuidar de tantas outras”, disse.
E completou: “O que a cidade está vivendo hoje é apenas um pedaço da ponta do iceberg do que será nas próximas eleições. Eu estou falando de muito dinheiro. É ele quem tira a cadeira de muita gente com potencial, gente que poderia contribuir para uma cidade melhor. Enquanto eu trabalhava até de madrugada dentro das comunidades, vivenciando o dia a dia das pessoas para lutar por elas, alguns estavam viajando e guardando dinheiro que foi usado no dia de ontem. A conta certa para muitos que se elegeram foi: 1,5 milhão = 15 mil BU, eleitos pela quebra. E sabe qual será o troco dessa conta? Muitas portas fechadas na cara. O povo padecendo por mais 4 anos. Porque querem, porque acham que R$ 200 vale mais do que projetos que impactam a cidade. Agora no bolso não tem mais nem o troco”.
Mentindo ela não está. Eu moro na Liberdade, no dia da eleição havia uma pessoa muito conhecida no bairro comprando votos para uma vereadora, muitos moradores aceitaram o dinheiro para votar numa vereadora que foi reeleita, toda eleição acontece isso no bairro e em outras comunidades. Este é o Brasil real.