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Sócio de “sorveteria” que desviou R$ 1,2 milhão da saúde é amigo da mulher de Jerry

O delegado federal Wedson Cajé precisa investigar o elo entre o sócio-proprietário empresa O.R.C Gestão e Serviços Médicos Ltda, Osias de Oliveira Santos Filho, com Joslene da Silva Rodrigues, esposa do secretário de Comunicação e Articulação Política, Márcio Jerry (PCdoB).

Em janeiro de 2014, Osias publicou em sua conta no Facebook uma foto com a mulher do secretário de Comunicação com a legenda “Com a minha amiga querida.”

Osias Filho é um dos 17 presos na 5ª fase da Sermão aos Peixes, denominada Pegadores (saiba mais).

Joslene é funcionária direta do governador Flávio Dino, pois trabalha como chefe de gabinete.

Antes de se tornar O.R.C Serviços Médicos, a empresa foi uma “sorveteria”. Segundo a PF, a O.R.C foi usada para a emissão de notas fiscais frias no valor de R$ 1.254.409,37 milhão para a Secretaria de Saúde do Maranhão da SES, entre os anos de 2015 e 2017 (relembre) .

Diante de tais fatos, é necessário que a Polícia Federal apure essa ligação.

Entenda o caso

A Polícia Federal deflagrou na quinta-feira (16), a 5ª fase da operação Sermão aos Peixes, denominada de Operação Pegadores, que apura indícios de desvios de recursos públicos federais por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal, em Contratos de Gestão e Termos de Parceria firmados pelo Governo do Estado do Maranhão na área da saúde.

Foram cumpridos 17 mandados de prisão temporária e 28 mandados de busca e apreensão em São Luís/MA, Imperatriz/MA, Amarante/MA e Teresina/PI, além do bloqueio judicial e sequestro de bens no total de R$ 18 milhões.

Durante as investigações conduzidas na Operação Sermão aos Peixes, em 2015, foram coletados diversos indícios de que servidores públicos, que exerciam funções de comando na Secretaria de Estado da Saúde naquele ano montaram um esquema de desvio de verbas e fraudes na contratação e pagamento de pessoal.

As investigações indicaram a existência de cerca de 400 pessoas que teriam sido incluídas indevidamente nas folhas de pagamentos dos hospitais estaduais, sem que prestassem qualquer tipo de serviços às unidades hospitalares. Os beneficiários do esquema seriam familiares e pessoas próximas a gestores públicos e de diretores das organizações sociais.

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