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Soldado da PM é preso durante investigações sobre a morte de sargento no interior do MA

Um soldado da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), identificado como Gabriel Anderson da Silva Oliveira, foi preso, nessa segunda-feira (10), por envolvimento no caso da morte do sargento da PM Kilmen de Jesus Dutra da Costa, conhecido como Dutra, que morreu em confronto com dois ciganos na cidade de Centro Novo do Maranhão, no último dia 29 de setembro. Além do PM, os dois ciganos também morreram na troca de tiros.

O mandado de prisão temporária foi cumprido pela Polícia Civil do Maranhão, através da 7ª Delegacia Regional de Santa Inês.

Segundo a polícia, no dia do crime, Gabriel Anderson estava no carro junto com o sargento Dutra e com um guarda municipal, identificado como João Davi dos Santos Neto.

Durante as investigações, chamou a atenção da Polícia Civil, o fato de que, após o sargento ter sido baleado, o PM Gabriel Anderson e o guarda municipal João Davi se limitaram a abandonar o corpo de Dutra no Hospital de Maracaçumé e fugir.

Diante dos fatos, a Justiça determinou a prisão preventiva do PM e do guarda municipal. Gabriel Anderson foi preso nessa segunda-feira, na cidade de Santa Inês, onde a polícia também realizou a apreensão do veículo utilizado na cena do crime.

Já João Davi não foi localizado e é considerado foragido da Justiça. Mas, apesar de ele não ter sido encontrado, foi cumprido um mandado de busca domiciliar na residência dele.

Depoimento de PM Preso
Em depoimento, o soldado da PM Gabriel Anderson da Silva Oliveira afirmou que é lotado no 7º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Pindaré-Mirim, mesmo local onde o sargento Dutra atuava. Mas, que não trabalhava diretamente com o sargento.

Gabriel Anderson alegou que, no dia 28 de setembro, foi de carro até Maracaçumé, na companhia do sargento Dutra e do Guarda Municipal João Davi. Sendo que recebeu R$ 2.500, via PIX, para fazer a viagem com o sargento e o guarda municipal e ainda emprestar seu carro, um HB20 prata, para fazer o trajeto. Ainda de acordo com o PM, foram retiradas as placas do veículo, a pedido do sargento Dutra, que dirigia o carro, alegando que estavam em período eleitoral e seria perigoso.

Além disso, o PM afirmou que o sargento Dutra disse que estavam indo a Centro Novo do Maranhão receber um dinheiro, mas não informou quem faria a entrega.

No dia seguinte, quando voltavam de Centro Novo para Maracaçumé, sem ter recebido nenhum valor nem falado com alguém pessoalmente, uma dupla, em uma moto Pop 100 vermelha, passou pelo carro onde os PMs estavam com o guarda municipal, deu uma volta e retornou atirando contra o trio que estava no HB20.

O PM e o sargento, que estavam armados, trocaram tiros com a dupla, que acabou sendo ferida e ido a óbito. Na troca de tiros, o guarda municipal ficou ferido na perna direta, e o sargento Dutra foi gravemente ferido na região do queixo.

O soldado Gabriel Anderson afirmou que, após o tiroteio, eles saíram do local, deixando as armas, dois revólveres calibre 38 e duas pistolas, e foram até o Hospital de Maracaçumé, onde deixaram o sargento Dutra e fugiram, com medo de serem alvo de outro ataque.

Após as providências legais cabíveis, o policial militar Gabriel Anderson da Silva Oliveira foi encaminhado para o Comando Geral da Polícia Militar, em São Luís, onde permanecerá à disposição da Justiça.

Segundo a Polícia Civil, a versão apresentada pelo PM se deu no interrogatório e cabe a polícia investigar e checar se a versão é real, mas, a princípio, ela parece sem sentido.

A Polícia Civil continua investigando o caso, para saber como se deu o fato, que culminou em três mortes, a do sargento Dutra e dos dois ciganos que estavam na moto. A polícia investiga, ainda, onde estão as armas usadas pelos policiais no tiroteio e o que eles foram fazer no local, em um carro particular sem placas, e distante do batalhão em que trabalhavam.

Do G1,MA

One thought on “Soldado da PM é preso durante investigações sobre a morte de sargento no interior do MA

  1. Na minha opinião, os piores e mais covardes crimes, são cometidos por autoridades policiais, as piores desculpas nem fundamentos são contados por elas para justificar seus crimes, enquanto não tirarmos deles as estabilidade do serviço público, continuarão a ceifar vidas sem o devido processo legal de direito ao contraditório….

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